quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A Oração de Vitória

No devido tempo, para se apresentar a oferta de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que a ti fizeste retroceder o coração deles. Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! Disse-lhes Elias: Lançai mão dos profetas de Baal, que nem um deles escape. Lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” (1 Rs 18.36-40).
Na vida de Elias vemos uma representação da oração de vitória. Sua oração venceu e derrotou o inimigo. Quem era esse inimigo? Era Baal com seus sacerdotes, o ídolo e seus servos. Eles haviam desviado o povo da genuína devoção ao Senhor, se apossado do coração de Israel e arrastado o povo a servir ao Senhor pela metade, de coração dividido. Toda a terra estava infestada com esse pecado. É uma boa imagem das forças do mal que nos cercam e que infestam o mundo todo. São os poderes das trevas que nos tentam à preguiça, à incredulidade e à paixão pelo mundo, à idolatria, a uma vida cristã pela metade e a seguirmos ao Senhor de coração dividido. Preste atenção: Elias derrotou o inimigo. Como? Através da oração! Tornemo-nos pessoas que oram! Todos os inimigos ao nosso redor são obrigados a fugir diante da santa majestade da presença de Deus, que se revelará pelas nossas orações. E o Deus de Elias vive ainda hoje!

Como era a oração de Elias?

1.Era uma oração concreta

A oração precisa e específica abriga um grande mistério! O Senhor Jesus nos diz que não devemos usar de vãs repetições, ou seja, não devemos usar muitas palavras, como fazem os gentios. Ele está querendo dizer que nossas orações devem ser claras e centradas no alvo, que devemos orar especificamente pelo que está em nosso coração. Muitos vivem dentro de uma bolha de religiosidade, usam um vasto repertório de palavras e frases feitas quando se dirigem ao Senhor, e quando se erguem de seus joelhos já não sabem o que oraram e quais foram, de fato, seus pedidos ao Senhor. Aprenda você também a orar concretamente. Uma oração concreta não é nada mais do que contar com a presença do Salvador vivo, poderoso para interferir e ajudar neste exato momento. Elias disse: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel”.

2. A oração de Elias tinha a motivação correta

A motivação mais profunda do coração de Elias nem era em primeiro lugar a conversão do povo, mas a honra do Senhor. Ele diz: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel... e no versículo 37: “Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus... A ardente paixão da vida de Elias era a glória de Deus e a honra ao Seu nome. Então, no versículo 37 lemos o que ele diz: “...e que a ti fizeste retroceder o coração deles”. É muito bom que você ore pela conversão de sua esposa, de seu esposo ou de seu filho, mas... por que você quer mesmo que eles se convertam? Sua resposta é: para que não continuem perdidos? Então, preciso lhe dizer que essa é uma motivação pouco profunda. Mesmo que o Senhor, em Sua graça, ouça os seus pedidos, a resposta é adiada e freada pela sua motivação egoísta. Sim, é muito importante que seus queridos não se percam. Há mulheres que oram pela conversão de seus maridos, mas muitas vezes a motivação mais profunda de seu coração é ter uma vida mais fácil e usufruir a companhia do marido na hora de ir à igreja, e não a glória de Deus em primeiro lugar. Como Deus é paciente! Quando você orar pelos seus familiares, o impulso prioritário deveria ser: “Senhor, Teu Nome está sendo blasfemado pela vida perdida de meu esposo (ou de meu filho, etc). Por favor, salva-o para que Tu sejas honrado e glorificado e para que Tu recebas o fruto do penoso trabalho de Tua alma”. A glória do Senhor deve ser o alvo supremo de nossas orações.

3. A oração de Elias estava embasada na absoluta certeza de ser atendido

Como é que ele podia ter a certeza de que o Senhor atenderia imediatamente sua oração curta e simples? Ele poderia fazer papel de ridículo na frente dos sacerdotes de Baal. Todos olhavam atentos e tensos esperando o resultado. Creio que a certeza de Elias advinha de sua completa obediência ao Senhor. Em sua oração ele clama: “fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas”. Em outras palavras ele disse: “Senhor, não estou aqui por iniciativa minha. Fiz tudo o que me ordenaste fazer. Agora, faze Tu o que eu não consigo fazer”.
Nós podemos orar vitoriosamente, podemos dar o primeiro passo de fé quando nos encontramos em solo sagrado, ao pé da cruz.
Vemos como é decidida a vida de obediência de Elias nas suas atitudes e ações visíveis: primeiro, ele não teve a coragem de orar como orou antes que o altar do Senhor, que estava em ruínas, tivesse sido restaurado (v.30). Ele encontrava-se em solo sagrado, perto do altar. Portanto, nós igualmente podemos orar vitoriosamente, podemos dar esse primeiro passo de fé somente quando nos encontramos em solo sagrado, ao pé da cruz. Se continuamente entregamos nosso velho homem à morte em Jesus, podemos dizer: “Senhor, fiz tudo conforme a Tua Palavra”.
Em segundo lugar, Elias somente começou a orar quando era tempo de trazer a oferta de manjares (v.36). Que ilustração maravilhosa, se pararmos para pensar que a oferta de manjares era um dos cinco sacrifícios do Antigo Testamento onde não havia derramamento de sangue. A oferta de manjares é uma indicação da vida de Jesus, que não precisava de sangue para sua própria expiação pois não tinha pecado. A Carta aos Hebreus diz que “nos temos tornado participantes de Cristo” (Hb 3.14). Portanto, deveríamos nos identificar com a oferta de manjares, com a vida de Cristo, pois assim diz o Senhor: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2b). Estar em solo sagrado, estar ao pé da cruz e viver conscientemente uma vida de santificação é a expressão prática de nossa obediência a Deus, através da qual o Senhor atende nossas orações e envia fogo do céu. Por essa razão João diz em sua primeira carta, no capítulo 3.22: “e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável”. Lembremos que Elias, como também o diz Tiago, era um homem como nós. Mas Elias era tão poderoso em oração porque fazia o que o Senhor queria. Você já conhece o resultado triplo da oração de Elias?

Quando Elias orou...

1. O fogo do Senhor caiu e consumiu tudo, não apenas o sacrifício, mas inclusive as coisas materiais: a lenha, pedras, terra e água. Como é maravilhoso quando aprendemos a orar como Elias orava: estar em solo sagrado, ao pé da cruz, com vidas santificadas! Então, o Senhor aceitará nossa oferta, e tudo o que é terreno será consumido por Seu fogo.
2. Através da oração de Elias o povo cego reconheceu o Senhor, pois exclamou: “o Senhor é Deus! O Senhor é Deus!” Se quisermos que este mundo endurecido e obstinado, religioso e cego para as coisas de Deus venha a reconhecer outra vez a glória do Senhor, é necessário que homens e mulheres orem como Elias.
3. Outra conseqüência da oração de Elias foi que, na mesma hora os inimigos teimosos, que seduziam e enganavam o povo, foram derrotados e aniquilados.
Wim Malgo

Missão Rosetta


Ilustração da Agência Espacial Europeia mostra o pouso do robô Philae no cometa 67P

  • Ilustração da Agência Espacial Europeia mostra o pouso do robô Philae no cometa 67P
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) fez história nesta quarta-feira (12) ao pousar um robô do tamanho de uma máquina de lavar em um cometa que se movimenta pelo sistema solar a uma velocidade acima de 66 mil quilômetros por hora. O feito foi realizado pela missão Rosetta, que desprendeu o robô Philae em uma jornada de sete horas até aterrissar sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

A dificuldade de pousar em um cometa

É a primeira vez que uma agência espacial tentou realizar uma operação desse tipo. A Nasa (agência espacial americana) lançou uma sonda em um asteroide em 2001, mas cometas são corpos celestes mais voláteis. Um cometa possui atração gravitacional muito fraca e está continuamente expelindo vapores e poeira que podem danificar uma aeronave. Tanto a sonda Rosetta quanto o robô Philae foram desenhados para fazer a operação de aterrissagem de maneira autônoma. Ou seja, assim que os cientistas do controle de terra da ESA dessem o sinal de "partir", o processo seria iniciado sem chance de volta.
A distância entre a Terra e o cometa 67P

A manobra aconteceu a mais de 500 milhões de quilômetros de distância da Terra. A sonda Rosetta viajou 6 bilhões de quilômetros, dando cinco voltas em torno do Sol até "alcançar" o cometa 67P. A viagem foi iniciada há dez anos.
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Sonda Rosetta chega a cometa em busca de pistas sobre "origem da vida"

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12.nov.2014 - Ilustração divulgada pela ESA (agência espacial europeia) mostra o pouso do robô Philae, da missão Rosetta, no cometa 67P. O robô vai coletar amostras, fazer análises e tirar fotos do cometa que serão enviadas para a central da ESA, na Alemanha. Os cientistas esperam coletar informações sobre a formação da vida 

Como acertar o alvo em cheio

O cometa 67P possui um formato irregular que lembra um pouco um patinho de borracha. Na superfície bem esburacada, os cientistas tiveram de escolher a melhor área para realizar o pouso: um espaço de um quilômetro quadrado batizado de Agilkia. Considerando que o cometa está em movimento e expelindo material o tempo todo, o robô Philae foi capaz de pousar quase no alvo. O único problema foi que o equipamento "quicou" antes de aterrissar.
O segredo da vida pode estar nos cometas

Os cientistas apontam os cometas do nosso sistema solar como "cápsulas do tempo" que carregam materiais datados do começo do universo. Os cientistas da missão Rosetta esperam que o robô Philae possa coletar material para ajudar a confirmar a tese de que os cometas foram fundamentais para o surgimento da vida na Terra. Como são blocos de matéria orgânica e água que contêm aminoácidos, moléculas fundamentais na estrutura das células, descobrir sua composição exata será importante para afirmar que a vida na Terra pode ter vindo mesmo do espaço.
Os desafios da missão Rosetta

O cometa 67P está uma uma órbita elíptica de seis anos e meio ao redor do Sol. Neste momento, está se aproximando da estrela, o que permitirá aos pesquisadores observar mudanças à medida que se torna mais ativo. Quanto mais próximo do Sol, maior a quantidade de matéria que o cometa vai desprender em sua jornada --o que significa um risco maior para a Rosetta. As temperaturas também vão subir. Mas, se tudo der certo, o robô Philae continuará "grudado" ao cometa mesmo depois de parar de funcionar, o que está estimado para acontecer dentro de dois anos. Os cientistas da ESA acham que, antes de se desligar para sempre, o melhor seria que a sonda também pousasse sobre o cometa para se reunir com o robô mais uma vez.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O Que as Formigas Ensinam


livro de Provérbios oferece o seguinte conselho sobre a importância do trabalho esforçado: “Vai ter com a formiga, ó preguiçosoconsidera os seus caminhos e sê sábio. Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado” (Provérbios 6:6-11).

O escritor destas palavras de sabedoria olhava para uma das menores e mais humildes criaturas para aprender o valor do trabalho. A formiga passa as curtas semanas de sua vida trabalhando diligentemente e sem queixa. Diferente de algumas pessoas que só trabalham quando são forçadas, a formiga continua sua tarefa mesmo quando ninguém está observando. Diferente daqueles que preferem dormir do que trabalhar, a formiga está continuamente ativa. Ela nãose queixa de que a tarefa seja muito dura ou que o pagamento seja muito baixo. Ela trabalha porque este é seu papel na vida, determinado pelo Criador.

Desde o princípio, nosso Criador teve intenção de que trabalhássemos. Alguns interpretam Gênesis 3 incorretamente e concluem que o trabalho fosse consequência do pecado do primeiro casal, mas não é o caso. Antes do pecado, Deus já deu trabalho para o homem fazer (Gênesis 2:15). O trabalho sempre foi uma responsabilidade humana, mas muitas pessoas negligenciam esta obrigação e trazem sobre si sérias consequências. A preguiça normalmente leva à pobreza (Provérbios 6:11). Conquanto haja tempos em que as pessoas trabalhadoras sofrem necessidade (veja Filipenses 4:10:13; Atos 11:27-30), a preguiça é um bom caminho para a miséria.

Homens que respeitam a vontade de Deus trabalham para sustentar suas famílias. O apóstolo Paulo disse: “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1 Timóteo 5:8). Ele também ensinou sobre a importância de trabalho honesto para poder ajudar outros: “... trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Efésios 4:28).

As Escrituras não oferecem desculpas para as pessoas que recusam trabalhar. Paulo disse que o preguiçoso precisava sofrer as consequências da sua negligência: “... se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10). Paulo até ensinou que os cristãos devem separar-se dos irmãos preguiçosos que recusam a se arrepender, assim claramente reprovando esta atitude pecaminosa (2 Tessalonicenses 3:6,14).

Mas a Bíblia não somente ensina que o homem deve trabalhar, os motivos do seu trabalho são importantes, também. Muitos trabalham para acumular riquezas e satisfazer seus desejos egoístas e, desta maneira, desagradam a Deus. “Não te fatigues para seres rico; não apliques nisso a tua inteligência. Porventura, fitarás os olhos naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos céus” (Provérbios 23:4-5). A busca da riqueza se torna um dos mais perigosos e fúteis empenhos humanos, violando o ensinamento do nosso Criador: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Timóteo 6:8-10). Devemos nos esforçar para agradar a Deus e não para acumular riquezas ou satisfazer nossos próprios desejos egoístas (João 6:27; Efésios 6:5-8; Mateus 6:24).

Todos nós podemos aprender bastante observando os hábitos de trabalho das formiguinhas, pois cumprem com diligência o papel determinado pelo seu Criador!

Dennis Allan

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

UMA NAÇÃO FELIZ

São Paulo, há tempos deixou de ser a terra da garoa, para se tornar a terra do caos e do céu acinzentado. Céu estrelado, agora, só no Hino Nacional. Porém, São Paulo é apenas uma parte de todo o problema desta nação.
Neste imenso Brasil, a Saúde, a Educação e a Habitação são assuntos recorrentes, quando se fala em caos e nisso se inclui o transporte público de pessoas.
Há um dito popular frequente: “Deus é brasileiro!”. A Bíblia, evidentemente, não dá uma nacionalidade ao Senhor e, na verdade, isso não passa de uma figura de linguagem. A Bíblia nos ensina: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Os nossos exemplos não mostram que sejamos uma nação feliz.
Com tanta imoralidade, corrupção, assassinatos e outras desgraças, como podemos pensar em felicidade? Imaginemos que Deus atente para essas músicas maliciosas que estão por todos os lados, que veja uma nação que aplaude os políticos corruptos, que observe a programação da televisão brasileira!
Como o povo pode requerer de Deus uma bênção para a nação? Como pensar que Deus está com as mãos sobre o Brasil? Muito pelo contrário! Ai de nós quando Deus colocar as mãos para julgar esta nação.
Gostaria de refletir sobre isso com vocês: “Deus é brasileiro.” e “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.
A pergunta que me vem é, se Deus fosse, mesmo, brasileiro, a nação brasileira estaria passando por tantas coisas ruins? Creio que a resposta esteja em outra pergunta: que vale dizer que Deus é brasileiro, se o brasileiro não reconhece a Deus? Parece que aí está a razão de tudo quanto está acontecendo: é tão somente o reflexo da nação que despreza a Deus!
Deus é santo e não compactua com o pecado. A solução para esta nação exige que ela se volte para Deus e abandone os erros que se enraizaram por toda a parte.
A solução para a felicidade do Brasil e do mundo todo está na obediência ao que diz a Bíblia: “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”.
Thiago Ishibashi

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Feliz é a Nação cujo Deus é o Senhor!


Hoje se usa muito a palavra “cidadania”, resgatar os valores da “cidadania”. Muitos de nossos compatriotas jamais gozaram dos benefícios da cidadania e, até, ignoram o que de fato, em concreto, significa. Portanto, não se pode resgatar o que ainda não se teve, do que ainda não se usufruiu.

A cidadania supõe o civismo ou é uma qualidade inerente a ela. É o que deveríamos descobrir. Acentuo, a seguir, algumas características para nos nortear na solidificação da cidadania.

Civismo quase equivale a patriotismo, entendido como devotamento à causa comum, como esforço em prol do multiforme progresso da Pátria.


Para que alguém seja impregnado do civismo não basta conhecer leis e obrigações, mas se torna necessário um longo aprendizado, que não se obtém pela formulação e cumprimento de regras civis de comportamento.

O civismo inclui e pede, a cada momento e de cada cidadão, o esforço em se dedicar ao progresso e engrandecimento da Pátria. Esse progresso e engrandecimento não podem ser considerados unilateralmente do ponto de vista material, como avanço na riqueza, na economia, na tecnologia, na soberania e no poder. Semelhante visão, limitada e errônea, seria prejudicial à Pátria e à educação para o civismo.

Vivemos em um período da história onde, talvez mais do que nunca, há como que um inconsciente coletivo, que determina que o que importa é o bem-estar particular, individual. Perde-se o conceito chave do coletivo, do bem-comum a todos. 

Uma das formas mais eficazes para chegar ao civismo é o interesse e a participação ativa nos problemas da própria comunidade. É no sentir e sofrer comum, no partilhar do dia-a-dia de cada irmão, é que desponta o civismo. É co-participação.

O civismo, digno deste nome, não nos permite o gozo tranqüilo de direitos assegurados por lei ou exigidos por ela como demonstração de aceitação passiva. O civismo nos leva ao cheiro da terra, ao apreço do suor e das mãos calejadas do trabalhador. Suscita em nós o encanto pelo que Deus nos presenteou na linda natureza e pelas transformações de melhoria, operadas pelo trabalho humano.

O dever cívico é atitude de quem não dorme, deixando acontecer, mas de quem está ativamente vigilante para a preservação da ordem, a defesa dos valores morais e sociais, rasgando horizontes de esperança, impedindo o pessimismo do “deixar andar”...

O civismo exige de cada cidadão a colaboração generosa nas obras sociais, nas iniciativas que tencionam melhorar a situação de todos, colocando à disposição desse objetivo os próprios talentos, as capacidades, a formação adquirida, “o seu engenho e arte”. Desta forma excluem-se o individualismo e as diversas formas de egoísmo.

Quando, civicamente, enaltecemos “a grandeza da Pátria”, convém não esquecer as grandezas culturais da literatura, arte, música, entre outras. O cultivo dos heróis é legítimo, mas não pode olvidar os heróis desconhecidos no cumprimento do dever, dia após dia, no anonimato do trabalho, da virtude, do aprofundamento da fé e da crença num Ser sumamente bom e Pai de todos.

O civismo nasce da consciência de ser chamado ao exercício de virtudes – morais, sociais e patrióticas – que caracterizam personalidades amadurecidas. Desta forma, o civismo se opõe ao aventureirismo fácil dos que – para salvarem a Pátria – apregoam fórmulas mágicas, reformas arbitrárias, subversão, planos imaginosos e sonhadores sem o apoio do testemunho, da honestidade, da ausência de corrupção.

O civismo abraça a todos, indistintamente, mas de modo particular, aos jovens, aos educandos, propondo-lhes metas e objetivos claros, ao alcance de todos. Há de começar sempre pelo respeito à pessoa humana, perpassando pelo lar, pela escola e cidade, pelo estado e pela nação.

Não há civismo sem respeito à autoridade, legitimamente constituída, comprovada pelo interesse e devotamento ao bem-comum. É neste contexto que se torna urgente lutar por um patriotismo de verdade, alicerçado no respeito e na promoção da justiça, da solidariedade, da dignidade de cada pessoa como “imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26a) do próprio Criador.

No que diz respeito mais objetivamente ao papel da Igreja neste contexto, é certo que esta deve assumir sua ação e postura eticamente responsáveis. Por meio de uma escolha ética, à luz da Palavra de Deus, a Igreja sabe como assumir seu papel na sociedade, e que estruturas podem ser escolhidas para esse fim.

“Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste!”

CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

Fantasmas Existem?

Volta e meia eu ouço alguns evangélicos dizendo que acreditam na existência de fantasmas e que eles mesmos já testemunharam a aparição de alguns. 

Segundo esses irmãos queridos vultos fantasmagóricos, com forma humana de pessoas conhecidas ou não já lhes apareceram lhes causando grande temor.

Bom, antes de tudo torna-se importante afirmar que aqueles que morrem não ficam perambulando por aí. As Escrituras nos ensinam que ao morrer o corpo volta a terra e o espírito volta a Deus que o deu (Eclesiastes 12:07).  A Bíblia também diz que  “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9. 27). Portanto, segundo a perspectiva bíblica  os homens morrem e esperam o julgamento de Deus, o que inviabiliza essa história de que o espirito do falecido fica vagando na terra.

Diante desta afirmação talvez você esteja a perguntar, o que são essas manifestações então?

Primeiro, algumas dessas experiências místicas são frutos da mente de alguém que por motivos diversos acredita que viu um espirito desencarnado. Segundo, influenciado por um misticismo exacerbado e induzido por questões periféricas, o "vidente" acredita que efetivamente aquilo que viu é uma manifestação espiritual.Terceiro, as chamadas visões podem ser fruto de engodo, brincadeiras ou até mesmo golpes de pessoas inescrupulosas cujo desejo é lesar outrem.  Quarto, a visão de espíritos desencarnados podem ser efeito de drogas ou algum tipo de alucinógeno. Quinto, 
uma ação exclusiva de demônios.

Prezado amigo as Escrituras nos ensinam que o diabo é o pai da mentira (Jo 8:44) e que ele pode tomar a forma de anjos de luz (II Corintios 11:14) ensina também que ele é  enganador (I Tm 4:1-2) e príncipe deste mundo (João 12:31)

Isto posto creio que muitas manifestações dos chamados fantasmas são provenientes de demônios que de modo implacável induzem os homens ao erro.

Termino este post afirmando que fantasmas não existem e que acreditar neles é colocar as crendices populares acima da santa e infalível palavra de Deus.

Renato vargens
http://renatovargens.blogspot.com.br/2014/11/fantasmas-existem-o-que-biblia-tem.html

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Impacto da Reforma Protestante para a Educação

No ano de 1517 precisamente no dia 31 de outubro, Martinho Lutero fixou nas portas da Igreja de Wttenberg na Alemanha as 95 teses contrárias às vendas de indulgências.  Lutero já era contesto a venda de indulgência, mas uma indulgência privilegiada foi o estopim para Lutero confinar com a Igreja.

O início da Reforma Protestante marcou a história humana. As mutações provenientes da reforma deram-se na política, economia, religião, filosofia, literatura e principalmente na educação que sofreu grande impacto.

Na idade Média a igreja era a única responsável em aparelhar e sustentar a Educação Escolar. Lutero contrastou o ensino repressivo e defendia o lúdico na aprendizagem para que as crianças aprendessem com prazer e diversão.  Acastelava que as escolas devem deixar de ser similar ao inferno e o purgatório, onde o ensino é através de palmadas, pavor e medo.

A Reforma enceta com o movimento humanista, período marcado por um novo pensamento e com a ascensão da burguesia e a relação produção do capital e trabalho. O pensamento científico começa a arguir inclusive assuntos exclusivos da igreja, como o papel da igreja, e a verdade pregada por ela. Os principais humanistas que se sobressaíram no período foram Jonh Wicliff, Jonh Huss, Filipe Melanchthon e Erasmo de Roterdão com seu livro “Elogio à loucura”.

Todos os reformadores defendiam a salvação pela graça mediante a fé, a autoridade especial e final das escrituras e o sacerdócio de todos os crentes, contradizendo os ensinos da igreja católica. O ponto inicial defendido pelos reformadores era a defesa da leitura, compreensão e interpretação da Bíblia por todos, em detrimento da igreja que restringia somente ao clero esse direito. Para que todos tivessem acesso, deveria haver uma educação que proporcionasse a leitura, compreensão e interpretação.

“Um aspecto interessante defendido pelo criador do luteranismo é sua preocupação com a questão escolar, defendendo e exaltando a importância dessa instituição e de seus conteúdos pragmáticos”. (LIENHARD, 2005, p.68).

A discriminação com os filhos dos protestantes nas escolas deu origem aos colégios protestantes, erradicando o analfabetismo que era um empecilho na educação religiosa da Bíblia.  “Lutero defendia a educação para todos, meninos e meninas, pobres e ricos, e apregoava que o Estado deveria ser o responsável pela educação assim como era obrigatório o alistamento no exército”. ( MONROE, 1979, p.179).

Lutero promulgava que não há animal que não cuide dos seus filhos, e, portanto as famílias não poderiam deixar de educar os seus, ele criticava os pais pela negligência educacional dos filhos, criticava a igreja e o estado pela falta de projetos educacionais que envolvessem os jovens.

Os líderes da reforma não estavam preocupados somente com a formação espiritual dos crentes, mas buscavam também uma base cultural sólida. Erasmo de Roterdã, um dos maiores expoente do humanismo no século XV, criticou duramente o modelo de educação católica como a memorização e repetição que tornavam a educação extática impedindo a criticidade e a criatividade dos alunos.

Os protestantes reformadores são responsáveis pelo modelo da pedagogia de hoje.
“O modelo educacional alemão teve origem em Lutero que criou os três ciclos (Fundamental, Médio e Superior) projeto educacional que evoluiu no modelo alemão”. (FERRARI, 2005, p.30-32).

A primeira universidade protestante surge em 1º de julho de 1527 que também foi recomendação de Lutero com os cursos de Teologia, Direito, Medicina e Filosofia. A Bíblia torna-se o livro mais lido na Europa no século XVII na Inglaterra e as discussões saem do campo religioso para o social como igualdade, liberdade e revolução.

Na data comemorativa da Reforma Protestante, devemos louvar os reformadores pelo modelo educacional vigente, com a preocupação de formar o cidadão para a vida espiritual, como também para a vida social, contribuindo para um mundo mais digno, moral e participativo. Se olharmos com precisão os objetivos dos reformadores, a conduta moral, social intelectual e religiosa, devem contribuir para a preparação do ser tanto para a vida espiritual como material levando o ser a uma intimidade de comunhão tanto com o seu criador, como com o seu semelhante.

Geziel Silva Costa
http://alertafinal.blogspot.com.br/