quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Deus Garimpeiro

Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua! Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro! 

Os seus nobres eram mais puros do que a neve, mais brancos do que o leite, mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos do que a safira. Mas agora escureceu-se o seu aspecto mais do que o negrume; não são conhecidos nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de madeira. Lamentações, 5, 1,2,7,8

Fica peneirando, até encontrar... Encontrar em meio a tanto cascalho e pedras comuns, uma pedra preciosa! Um diamante!

Ele trabalha incansavelmente porque sabe que, mesmo se estiver cansado, quando encontra a preciosidade é tomado pela profunda alegria de finalmente tê-la, e isto compensa imensuravelmente todo trabalho empenhado.

É intrigante observar que o trabalho atribui certas habilidades aos profissionais, neste caso, o garimpeiro conhece tão bem a pedra preciosa que consegue encontra-lá mesmo se estiver misturada a outras, envolvida pelo lodo do mar, mesmo se for um diamante bruto, porque ele vê além das aparências, vê não somente aquilo que a pedra é, mas também o que ela pode ser se for bem lapidada... E se empenha em fazê-lo.

Mergulhando neste contexto e trazendo-o para Deus, podemos ver uma clara e real ligação. Deus, o tempo todo trabalha incansavelmente para nos conquistar, se empenha ao máximo em nos encontrar nas vezes que dEle nos escondemos. Por que faz tudo isso? Porque sabe o quanto somos valiosos para ele.

O mais lindo é que o Senhor nos conhece tão bem a ponto de nos encontrar mesmo se estivermos envolvidos pelo "lodo" do mundo, pelo pecado e por tantas outras coisas que ofuscam o brilho e a beleza de Deus no ser humano. E quando nos deixamos ser encontrados por Ele, Seu coração se enche de profunda alegria por finalmente nos ter em Seu abraço.

Tudo isso porque o Senhor vê além das aparências, vê não somente aquilo que nós somos, mas também o que podemos ser se formos bem lapidados... E esse próprio Deus se empenha em fazê-lo! São coisas inexplicáveis do tão grande amor de Deus por nós!

É triste pensar que existem muitas "pedras preciosas" pelo mundo sendo desvalorizadas, escondidas no "lodo", sendo tratadas como pobres pedras comuns, e sendo julgadas por um preço muito baixo, simplesmente por não se deixarem encontrar por aquele que pode lapidá-las como nenhum outro.

Ou seja, existem muitas pessoas que se esqueceram do tão grande valor que tem aos olhos de Deus, e se esconderam em meio a tantas coisas que o mundo oferece. O pecado nos desvaloriza, mas Jesus pagou um preço muito alto por nós: seu precioso sangue, jorrado no madeiro; para nos devolver o valor e para que ninguém queira nos tratar como pedrinhas qualquer, pois o que na verdade somos é filhos amados e valiosos aos olhos de Deus Pai.

Se deixe encontrar, e ser lapidado por Deus, pois para Ele você sempre teve, e sempre terá um valor.

sábado, 25 de agosto de 2018

Saudades do céu!


Hoje acordei com saudades do céu. Exatamente isso! O cristão tem saudades de um lugar que nunca foi. E por que? Porque nós somos de lá! Nós não somos daqui! Nossa pátria não é aqui! Somos peregrinos e forasteiros. Nossa pátria é o céu! Nós somos de lá; o céu é o nosso destino; nossa morada eterna; nosso porto final.

Você já sentiu saudades de casa? Eu já, muitas e muitas vezes, quando estive longe. Mas há uma outra pergunta mais importante: Você tem saudades do céu? Um lugar resplandecente de beleza, radiante de glória e repleta de amor? Todo coração deseja ardentemente ir para lá!

Hoje acordei pensando no céu; lugar de delícias e de gozo indizível. Acordei pensando no céu; lugar onde não haverá mais dores, nem choro nem pranto. Acordei pensando no céu; lugar onde o Filho de Deus, Jesus, enxugará de nossos olhos todas as lágrimas. Acordei pensando no céu; lugar de ruas de ouro e de cristal, onde tudo é paz e alegria sem igual. Acordei pensando no céu; lugar onde, em breve, os salvos em Cristo estarão reunidos ao redor do trono, adorando ao Cordeiro de Deus e dizendo: "Santo, Santo, Santo". Acordei pensando no céu e lembrei-me que o céu somente é céu porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão lá.

Minha alma sente saudades desse lar. Sente saudades do céu. Às vezes eu me pego pensando na habitação celestial e lágrimas caem de minha face, como hoje. Sinto saudades do Céu.

Não tem jeito, meu DNA é celestial. Mas embora a saudade do céu seja grande, tenho um motivo para continuar: tenho um chamado. Todos os dias quando oro, fecho os olhos e imagino acabando a carreira, guardando a fé e os portões do eterno lar se abrindo para mim. Deus pôs no meu coração, o anseio pela eternidade!

Sinto saudades do céu! Mesmo estando num lugar lindo, cercado de pessoas muito queridas, sinto saudades de querer voltar para casa o mais rápido possível. É como se diz: não há lugar algum no mundo como a nossa casa.

Não importa como seja meu lar na terra. Há outro lar do qual sinto falta. Esse lugar é chamado céu. Bem no fundo de meu coração, sinto falta do céu, quase como se tivesse um instinto de volta ao lar que me guiasse para lá.

É fantástico como Deus pôs o instinto de voltar para casa nos animais. Desafiando todas as probabilidades, os salmões voltam do mar para procriar nos rios onde nasceram. As andorinhas, ano após ano, retornam a seus ninhos. Há algo embutido nessas aves e nesses peixes que os levam de volta para casa. Deus também embutiu isso em nós: um instinto, um desejo, uma necessidade do céu.  E, por causa disso, nunca estaremos plenamente satisfeitos nesta vida. Nada chega à altura do céu. Fomos criados para conhecer a Deus. Fomos criados para irmos para o céu. Deus pôs em nós esse instinto de voltar ao lar e nós só ficaremos realizados e felizes, quando O vermos face a face.

Deus criou o homem num ato de graça e bondade. Apesar disso, o homem decidiu rebelar-se contra o seu Criador e, com isso, Seu Filho Jesus decide dar-se por completo para que o mundo inteiro pudesse um dia retornar ao seu lugar de origem, de onde jamais deveríamos abrir mão. Jesus fala pouco do céu, mas seu ministério lembra-nos insistentemente do Reino de Deus. É uma convocação constante para que desejemos embarcar rumo a nossa verdadeira casa, onde estaremos completamente preenchidos e bem alocados.

Temos sido bombardeados com pregações sobre como obter sucesso e prosperidade nessa terra, além de campanhas para ‘mover a mão de Deus’ a nosso favor e até músicas que clamam pela restituição do nosso ego e orgulho ferido. Esquecemo-nos, entretanto, do real propósito para o qual fomos criados, que é ter um relacionamento íntimo com Deus. Estamos aqui apenas nos preparando para a vida que nos aguarda, no entanto, como nos aprontaremos para ela, se não estamos preocupados em conhecer ao nosso Criador, e nos focamos apenas no que esse tempo palpável e fugaz pode nos oferecer?

O céu possui santuário, pois ele é um santuário. É o lugar onde Deus se encontra com Seu povo; é o lugar em que Deus habita. Essa cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a Sua luz. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite. Nos dias de Roma antiga, as cidades fechavam suas portas à noite. As portas do céu jamais se fecharão, pois ali não haverá noite. A glória e o Cordeiro encherão cada rua e penetrarão em cada canto dessa cidade.

As nações andarão por essa glória celestial. Os reis da terra trarão a glória e a honra das nações para a cidade. Os reis reconhecerão uma Autoridade maior do que eles próprios e prestarão tributo a ela.

O Senhor é Rei sobre as nações e um dia todos reconhecerão o Seu senhorio. Imaginemos os governantes mais poderosos que já viveram levando os maiores tesouros da terra e espalhando-os diante do Trono, confessando Deus como Rei dos reis e Senhor dos senhores! Toda a glória pertence a Deus e toda a glória estará no céu. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro. Dentre todas as nações, haverá os que de fato creem em Jesus e são lavados no Seu sangue. A verdadeira glória das nações brilhará de cada uma dessas nacionalidades que andaram na luz sobre a terra, e que continuarão a andar pela Sua luz, no céu. A fonte de toda glória é Deus. Qualquer outra glória é um reflexo da glória de Deus. João a cidade de longe.

O tamanho da cidade sugere muitos habitantes, e Deus suprirá cada uma dessas necessidades. Há três coisas básicas necessárias à sustentabilidade da vida: água, comida e saúde. Deus suprirá cada uma delas, no Paraíso.

Existe ali o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. Homens têm passado a vida inteira procurando a lendária fonte da juventude para não envelhecerem, mas acabam morrendo nessa busca. O que eles não conseguem admitir é que a fonte ilusória não está na terra, mas no céu; ela flui do Trono, a fonte da vida.

No meio da praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês. A árvore da vida foi tirada da humanidade por causa do pecado e uma maldição caiu sobre ela. No céu, porém, nunca mais haverá qualquer maldição, e a árvore da vida será restaurada. Cada parte da árvore abençoará os cidadãos da cidade. Seus frutos saborosos satisfarão os famintos e suas folhas serão para a cura dos povos. Desde que o pecado gerou a maldição, a abolição do pecado será uma cura, por si. Quando olhamos ao redor e vemos homens e mulheres ansiando pela cura de angústias físicas e mentais, pensamos que talvez esta seja uma promessa de que, no céu, estaremos finalmente curados no corpo, na mente e no espírito. No céu, sempre desfrutaremos de boa saúde!

A maldição de Gênesis produziu trabalho pesado e lágrimas, mas a parte mais terrível da maldição foi o homem ser separado de Deus. O Senhor deixou de andar com o homem na comunhão íntima do jardim.

No céu essa maldição finalmente será anulada, e o trono de Deus e do Cordeiro estarão lá. Os habitantes da cidade contemplarão a sua face —a face de Deus. Na terra, ninguém jamais teve permissão para ver a face de Deus, mas um dia os puros de coração verão a Deus. Assim como os peixes foram feitos para viver na água, assim como os pássaros foram feitos para voar no céu, nossas almas foram feitas para viver e prosperar na presença de Deus. Esta será a maior bênção do céu.

A essência do céu é estar com Deus e com Seu Filho. E mais um detalhe: Em nossa fronte estará o nome de Deus! Isto indica possessão. Nós pertencemos ao Senhor. Além disso, implica semelhança: na Sua presença, nos tornaremos cada vez mais parecidos com Ele: agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.

Os seus servos o servirão, porque o céu é um lugar de atividade, uma atividade significativa. Naquela cidade, naquele ambiente perfeito, esperamos que nossas ofertas finalmente sejam o que devem ser.

Além de louvar a Deus, não sabemos exatamente o que seremos convocados para fazer; mas a nossa existência terá um propósito.

O Senhor será a luz do céu; já não haverá noite. Tudo parece pior à noite; no escuro, nossa resistência diminui e nossa dor se intensifica. Graças a Deus, não haverá noite! Os que viverem na cidade celestial não precisarão de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles. Reinarão pelos séculos dos séculos. Os cristãos estão reinando atualmente com o Senhor e os mártires continuarão reinando com Jesus mesmo após a morte. Continuaremos reinando com Ele por toda a eternidade! Como seremos abençoados!

Você tem saudades o bastante para se preparar para ir? Podemos não saber qual serviço o Senhor pedirá que façamos, mas sabemos o que Ele nos pede aqui: Ele quer nossa fé e confiança; Ele quer nossa obediência e fidelidade.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Quando a Soberba Destrói um Ministério


Pastores qualificados e dedicados merecem o respeito e apoio das ovelhas por eles guiadas. Paulo disse:
“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Tim. 5:17).

O autor de Hebreus nos ensina: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hb. 13:17). Homens fiéis que amam a Deus e aceitam a responsabilidade de ajudar seus irmãos chegarem ao céu devem ser tratados com respeito e apreço.

Infelizmente, alguns “pastores” não são dignos de honra. Alguns que se dizem conhecedores da palavra de Deus não são fiéis no seu ensinamento. Vamos considerar a mensagem de Jeremias 23 e algumas aplicações dela.

Jeremias profetizou nas últimas quatro décadas antes da queda de Judá à Babilônia. Ele chamou o povo, e especialmente os líderes dos judeus, ao arrependimento. Jeremias bem entendeu que o principal problema não foi uma questão de diplomacia ou poder militar. Este servo de Deus viu a corrupção do povo, de cima para baixo, como motivo do castigo divino iminente. No capítulo 23, ele apresenta uma mensagem de Deus que mostra a diferença entre o Pastor verdadeiro e fiel e os maus pastores que maltrataram as ovelhas do Senhor.

Ai dos pastores infiéis (Jr. 23:1-4)
Deus falou aos líderes em Judá, dizendo que eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele. Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruir, dispersar, afugentar e não cuidar. Pastores devem juntar alimentar, cuidar, guiar e proteger, mas os pastores de Israel faziam tudo ao contrário!

Outra coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho. Ele o descreve como “o meu povo”, “as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”. A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes. Eles não amavam o povo como Deus o amava! Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio. Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.

Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada. Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens. Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local, apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor. Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mt. 23:6-7). Tais pastores não qualificados não cuidam do rebanho como devem.

O Renovo de Davi (Jr. 23:5-8)
Em contraste total com os pastores infiéis, Deus apresenta o Renovo de Davi, conhecido posteriormente como o Bom Pastor (Jo. 10:11). As qualidades do Messias, destacadas neste trecho, identificam um pastor totalmente diferente daqueles corruptos em Judá. Este descendente de Davi é um Rei justo e sábio, que executa a justiça. Enquanto os nomes dos infiéis cairiam em podridão (Provérbios 10:7), o nome deste Pastor é o mais exaltado de todos:” ... será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa”. O Bom Pastor seria a manifestação perfeita da justiça de Deus, e é identificado claramente no Novo Testamento como Deus.

O Bom Pastor e seus servos fiéis alimentam e cuidam do rebanho, dando-lhe uma habitação segura. Este Pastor não é ladrão, salteador ou mercenário (Jo. 10:8,10,13). Ele é o Filho sobre a casa, que dá esperança aos seus servos perseverantes (Hb. 3:6).

Os líderes contaminados (Jr. 23:9-15)
Jeremias sentiu o efeito da palavra do Santo Senhor e ficou doente por causa da maldade do povo. Ele viu o povo sofrendo o castigo merecido por ser adúltero e rebelde. Mas esta maldade não era apenas das multidões irreligiosas que não se importavam com as coisas de Deus. Os líderes espirituais praticavam e incentivavam a iniquidade! “Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor”. Aqueles que tinham o dever de mostrar o caminho da luz iam tropeçar e cair no escuro. Os falsos profetas de Judá eram piores do que os de Samaria, e Deus já havia destruído Samaria! Estes líderes apoiavam e até incentivavam práticas erradas.

Hoje, muitas pessoas que se dizem pastores e evangelistas fazem a mesma coisa. Pregando um evangelho diluído e atualizado para atrair pessoas carnais, continuam adulterando a palavra de Deus para manter a lealdade delas. A palavra de Deus não deve ser alterada e atualizada pelo homem, porque já é perfeita e eterna. Cabe a nós aceitá-la como servos humildes do Senhor.

Não ouça! (Jr. 23:16-22)
Frequentemente, pessoas me dizem que tem o costume de assistir a diversos programas religiosos, porque “todos falam da palavra de Deus”. Outros andam visitando várias igrejas, mesmo sabendo que ensinam e praticam coisas erradas, porque “se sentem bem”. Ainda outros dão pouca importância ao estudo cuidadoso e constante da palavra de Deus, preferindo ler e ouvir as ideias e os ensinamentos de homens. Mas é isso o que Deus quer? No ambiente da confusão religiosa de Judá, o Senhor não falou para as pessoas ouvirem a todos. Ele disse: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor”. Jeremias havia profetizado da dureza do castigo divino, e os falsos mestres negavam seus ensinamentos, dizendo que Deus não ia castigar assim.

Hoje, há muitos pastores que dão falsas esperanças. Vamos considerar apenas dois exemplos:

1. Minimizar ou negar a gravidade de pecados que Deus condena. Justificam práticas claramente condenadas nas Escrituras, dando aos praticantes falsas esperanças da salvação. Deste modo, alguns justificam relações homossexuais e realizam casamentos de gays, outros apoiam a fornicação de casais que vivem amasiados. Muitos inventam todo tipo de argumento para passar por cima das instruções de Jesus sobre o casamento, divórcio e segundo casamento (Hb. 13:4; Lc. 16:18; Mt. 19:9; etc.), aceitando e até incentivando casamentos adúlteros. Enchem as pessoas de falsas esperanças, pois muitas pessoas que continuam nestas práticas condenadas acreditam que entrarão no céu. Foram enganadas e ensinadas que pessoas que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus não se aplica a elas! (I Cor. 6,9-10).

2. Negar as condições dadas por Deus para a nossa salvação. Muitos pastores pregam a salvação barata, usando o raciocínio humano para negar os mandamentos de Deus. É incrível, e incrivelmente triste, ver até que extremo pastores chegam hoje para anular simples instruções de Deus sobre o arrependimento e o batismo para remissão dos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; etc.). Como os falsos profetas 600 anos antes de Cristo, estes mestres enganadores vão correndo para falar, mas não falam a palavra de Deus. O Senhor disse na época de Jeremias: “Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações”.

Os sonhos e as visões (Jr. 23:23-32)
Jeremias enfrentou outro problema que ainda perturba as pessoas que buscam o Senhor hoje. Falsos profetas usavam seus próprios sonhos como se fossem revelações divinas, enganando as pessoas ingênuas. Deus disse: “Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro... Portanto, sou contra esses profetas, diz o Senhor, que furtam as minhas palavras..., que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse! Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem, e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor”.

Não é a mesma coisa que acontece hoje? Supostos profetas preferem falar o que vem do próprio coração, alegando ter sonhos e revelações de Deus, e não ensinam a verdade eterna que Deus revelou para todos na Bíblia. E muitos ouvintes dão mais importância às revelações particulares do que à mensagem das Escrituras. “A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1 Pe. 1:25).

domingo, 12 de agosto de 2018

Geografia Bíblica - O Grande Rio Eufrates


O Rio Eufrates é o mais longo dos rios, e além disso, um dos mais importantes historicamente falando, da Ásia Ocidental. É um dos rios que, juntamente com o Rio Tigre, definem a Mesopotâmia. O Rio, originário no leste da Turquia, flui por meio da Síria e do Iraque e se une, no Chate Alárabe, ao rio Tigre, que vai desembocar no Golfo Pérsico.

As primeiras referências ao Rio Eufrates vêm de textos cuneiformes que foram encontrados na região de Shuruppak e a Pré-Nipur de Sargão, ao sul do Iraque. É datada de meados da década do terceiro milênio a.C. e é escrito em Sumério, onde é chamado de Buranuna.

O Rio Eufrates é o rio mais longo da Ásia Ocidental, e é resultado da confluência do Kara Su, também conhecido como Eufrates Ocidental, e o Murat Su, ou Eufrates Oriental.

A grande polêmica sendo tratada constantemente a respeito da seca do Rio Eufrates, que é consequência da seca que castiga a região já tem alguns anos. As políticas inapropriadas do uso das águas por parte de países como Síria, Turquia e Iraque, acabam agravando este problema. Mencionado muitas vezes na Bíblia, em Genesis, o rio corria o Jardim do Éden, além da Babilônia que era atravessada por ele. Há uma passagem na Bíblia, em Genesis 15:18 em que Deus promete a Abraão “… tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates”.

Em Apocalipse, nos capítulos 9, 13 e 15 o rio também é mencionado. Em uma das passagens, diz “E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens”.

Uma das profecias sobre a chegada de Messias refere-se à partição de um rio em 7 partes, onde o povo de Israel passaria para retornar à sua terra para a redenção. Em Apocalipse 16-12, encontra-se a maior polêmica: “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs”.

Segundo estudos científicos realizados por meio de informações que verificam as reservas de água no mundo através dos dados que são colhidos pelos satélites da Nasa, houve uma grande quantidade de água perdida no rio Eufrates e no rio Tigre. A seca, segundo cientistas, pode se tornar cada vez mais significativa, chegando a situações extremas que podem prejudicar fortemente a população da região.

Referências:
Arquitetura ecológica – EC Costa

quarta-feira, 25 de julho de 2018

O Mandamento de Santa Maria, a Virgem de Nazaré, mãe de Jesus.

A propósito de ter ouvido afirmações de que não interpretamos as Escrituras Sagradas corretamente e de que não respeitamos Santa Maria, faço a profissão de fé, e, ao mesmo tempo, uma defesa daquela Bem-aventurada virgem Maria, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. Não é verdade que não respeitamos a mãe de Jesus, pelo contrário:

É verdade que nós cremos em Santa Maria; 
É verdade que nós a amamos e a respeitamos; 
Cremos que ela foi virgem e santa; 
Cremos que foi mãe exemplar e extremosa; 
Cremos que foi esposa fiel e digna de todo respeito; 
Cremos que foi salva e que sua alma está no céu, como seu filho Jesus e seus discípulos; 
Cremos que foi mesmo bem-aventurada entre as mulheres e escolhida para ser a mãe de nosso Senhor; 
Cremos que ela foi amada por seu Filho e por Deus, nosso Pai; 
Cremos que ela foi um vaso de bênção e um instrumento nas mãos do Espírito Santo, para que o Verbo Divino se encarnasse; 
Cremos que ela, mulher de oração, recebeu o batismo do Espírito Santo, juntamente com os apóstolos e discípulos, no dia de Pentecostes; 
Cremos que ela amava a Palavra de Deus e lia o santo livro com meditação profunda; 
Cremos no seu exemplo vivo de fé e submissão à vontade de Deus; 
Cremos que devemos seguir também seu exemplo de santidade e pureza de coração.

Cremos que Maria está salva com Deus, com os anjos, com os apóstolos e com todos os que, à semelhança dela, morreram em Cristo. 

Cremos que para chegarmos onde ela está, e alcançarmos a salvação que ela alcançou, precisamos aceitar Jesus como único salvador de nossa vida, experimentar o novo nascimento, converter dos maus caminhos com arrependimento e fé, pedir perdão de nossos pecados, confiando no seu sangue como único meio de purificação.

Cremos que todos os que obedecerem ao imperativo, o único mandamento de Santa Maria, serão salvos. Encontramos esse mandamento no evangelho de Jo. 2,5: “Fazei tudo o que Ele (Jesus), vos mandar” Para fazermos o que Jesus nos manda, precisamos conhecer a Bíblia, os evangelhos. 

Cremos, ainda, que aqueles que examinam a Bíblia e creem nos evangelhos, são os que, de fato, honram a virgem Maria, obedecendo seu mandamento de fazer o que Jesus manda. Foi nosso Senhor Jesus Cristo que nos ordenou crer no evangelho, e devemos obedecê-lo (Mc. 1,15).

Ao respeitarmos a virgem Maria, mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, obedecemos também ao mandamento dela: “Faça tudo o que Ele (Jesus) disser”. 

Examine a Bíblia, único livro capaz de levá-lo à verdade e à experiência pessoal de salvação com Aquele que declarou: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”(Mt. 28,18).

terça-feira, 24 de julho de 2018

O Deus das Montanhas e dos Vales


O que significa as palavras “montes” e “vales” na vida cristã? Tanto um como outro nome tem um significado figurativo. “Monte” significa triunfo, vitória. Quando a nossa vida está uma bênção, quando tudo é maravilha e tanto a nossa vida material como espiritual transcorrem de acordo com as nossas expectativas, sentimo-nos no monte. Já os “vales” significam os momentos de dificuldades que atravessamos em nossa caminhada nesta terra.

Deus é um ser infinito e existente por si mesmo. O início e o fim de todas as coisas. Revela-se na Trindade Santíssima como um Ser uno, infinitamente perfeito, Criador e regulador do universo. Teologicamente é caracterizado como Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

FAÇAMOS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE OS LUGARES ALTOS:

1.1 — Quem está em um lugar alto tem a sensação de superioridade
Observar panoramicamente tudo que um lugar superior causa
em nós: uma sensação de superioridade. Isto acontece quando vivenciamos uma situação de vantagem.

1.2 — Para quem está em um lugar alto, os problemas tornam-se pequenos
Se olhar para baixo estando no alto de uma montanha, o crente verá que o rio parecerá um filete de água, as pessoas, minúsculos insetos, e as árvores, gravetos. Tudo parecerá menor.

1.3 — Quem está em Um lugar alto está mais seguro
A pessoa em um lugar alto sente-se segura. Na época das enchentes e temporais no pantanal mato-grossense, os donos de propriedades situadas em lugares altos alugam as suas terras para que os donos de rebanhos abriguem nelas o seu gado.

1.4 — Quem. está em um lugar alto tem uma visão melhor
Somente de um lugar alto é possível fazer urna escolha melhor. Quando chego de avião na cidade do Rio de Janeiro, costumo olhar para a Avenida Brasil e a Linha Vermelha com o propósito de ver qual destas duas Rodovias oferece condições melhores

TRÊS VERDADES ESPIRITUAIS SOBRE OS LUGARES ALTOS:

2.1 — Satanás não tem medo de ninguém que está em lugar alto
O crente que jejua e ora intimida Satanás, porém não estará livre da tentação demoníaca (1 Coríntios 10.12; Efésios 4.27). Podemos ser cheios do Espírito Santo e do poder de Deus, mas não pensemos que isto vai atemorizar o diabo. O que devemos fazer é dobrar a vigilância não abrindo nenhuma brecha para Satanás.

2.2 - As grandes batalhas são travadas nos lugares altos
Nós devemos preparar-nos como Elias, porque nos lugares altos é onde são travadas grandes batalhas. Este profeta travou sua maior batalha contra os profetas de BaaI e Aserá no alto do monte Carmelo (1 Reis 18.19-40).

2.3 — É Deus quem coloca o crente em lugares altos
Não é o crente que deve colocar-se em um lugar alto; Deus é quem o coloca no lugar alto. Do Senhor provém a vida e todas as demais coisas. Por Ele, vivemos, inovemo-nos e existimos (Atos 17.25-28).

ALGUMAS SOLUÇÕES QUE O CRENTE PRECISA APRENDER SOBRE OS VALES
A pessoa que está no vale está vulnerável, perdida sem uma visão ampla. Quem está no vale precisa saber que:

3.1 — Por mais profundo que seja o vale, o nosso Deus sempre estará por cima dele
Deus revelou ao profeta Eliseu os segredos do rei da Assíria (2 Reis 6.8-12). O exército assírio, então, cercou a cidade onde estava este profeta para o prender. Porém, Deus cercou e protegeu Eliseu com cavalos e carros de fogo (2 Reis 6.17), e feriu o exército assírio de cegueira (2 Reis 6.18). Isto porque Deus é mais alto do que os montes (Salmo 12 1.1,2). Entendemos que Eliseu estava em um lugar baixo, em um vale, e o exército do rei da Assíria estava no alto. Um trecho desta história nos revela isto: “E, como desceram a eles...” (2 Reis 6.1 8a). Porém, o exército de Deus estava em um lugar mais alto (2 Reis 6.17h).

3.2 — É melhor estar com Deus no vale do que ficar sem Ele no monte
A questão é saber se Deus está realmente com o crente na luta, na adversidade, porque é isto que faz a grande diferença. É Deus quem nos sustenta com a destra de Sua justiça (Isaías 4 1.10). O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Salmo 30.5).

3.3 — É no vale que são conquistadas as maiores vitórias
 Deus permite que o crente chegue ao fim do poço para lhe dar uma extrema demonstração de que o ama e cuida dele.
A Bíblia prova isto ao relatar o confronto entre Davi e Golias. O exército dos filisteus estava em uma banda do monte e o exército de Israel em outra banda do monte, e entre eles havia um vale (1 Samuel 17.3).

3.4 — Deus socorre tanto nos montes como nos vales
Em 2 Crônicas 20.15-17, a Bíblia relata mais uma grande vitória no vale. O rei Josafá estava em grande apuro porque os amonitas e os moabitas haviam se reunido para lutar contra Jerusalém. Deus, então, mandou um profeta confortá-lo, e Israel foi vitorioso.

É fundamental permanecermos na presença de Deus quando estamos no vale da tribulação. Esperar com paciência, orando e confiando que Ele estará com a Sua Igreja todos os dias até a consumação dos séculos. O Senhor é o Deus dos montes e dos vales. 

sábado, 14 de julho de 2018

O Deus das Montanhas e dos Vales


As batalhas que enfrentamos frequentemente afloram a nossa fraqueza. Algumas vezes provocam desgaste e confusão. Se fizéssemos um gráfico das nossas vidas estes momentos representariam aqueles pontos lá embaixo.

Ainda assim, Deus não está menos conosco nas dificuldades do que em qualquer outro momento. Na verdade, estes momentos de vale fazem tanto parte da vontade de Deus quando as experiências no topo da montanha. Em I Reis 20:21 – 23, achamos uma história que esclarece isso:

E saiu o rei de Israel, e feriu os cavalos e os carros; e feriu os sírios com grande estrago. Então o profeta chegou-se ao rei de Israel e lhe disse: Vai, esforça-te, e atenta, e olha o que hás de fazer; porque no decurso de um ano o rei da Síria subirá contra ti. Porque os servos do rei da Síria lhe disseram: Seus deuses são deuses dos montes, por isso foram mais fortes do que nós; mas pelejemos com eles em campo raso, e por certo veremos, se não somos mais fortes do que eles!

O inimigo disse que Israel só teve vitória porque o seu Deus era Deus das montanhas, mas se pelejassem contra Israel nos vales eles poderiam derrotá-los. O inimigo estava insinuando que só serviremos e prevaleceremos com Deus se as situações nos forem favoráveis e confortáveis. Então o homem de Deus se aproximou e falou ao Rei de Israel:

E chegou o homem de Deus, e falou ao rei de Israel, e disse: Assim diz o SENHOR: Porquanto os sírios disseram: O SENHOR é Deus dos montes, e não Deus dos vales; toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos; para que saibas que eu sou o SENHOR.

Não importa o que o inimigo diga a você, o nosso Deus é Deus das montanhas e também dos vales. Ele nunca deixará de ser Deus quando temos que estar ou passar por um vale.

Ele é o Deus da glória quando manifesta o seu poder e seus milagres. Nos vales Ele revela-se a si mesmo como Fiel, sustentador da aliança, comprometidamente leal conosco nas nossas dificuldades e desgastes. Em qualquer situação ou circunstancia Ele é o nosso Deus!

Quando estamos no topo do monte da nossa experiência cristã, podemos ver com clareza o nosso futuro. Temos perspectiva e confiança. Quando estamos nos vales da vida, a nossa visão é limitada e parece que o nosso futuro está escondido ou incerto. Mas lembrem-se, os vales são os lugares mais férteis da terra!

Vales nos fazem frutificar. Podemos esperar por uma colheita de virtudes quando Deus habita conosco nos vales.

A auto-estrada para Sião Salmos 84:5 – 6

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. Baca significa choro, lamentação. Todos nós vivemos momentos de choro quando nosso coração e esperança parecem esmagados. Deus quer fazer caminhos aplanados nos nossos corações, na verdade uma auto-estrada para Sião. Então, passamos pelos vales e não precisamos viver neles, mas aprender a desfrutar deles. Passando pelo vale de Baca… Uma vez que estamos do outro lado do choro, o nosso Redentor transforma a nossa experiência de vale numa fonte, num manancial cujas águas nunca faltam.

AS MESMAS COISAS QUE NOS ESMAGARAM IRÃO A SEU TEMPO TRAZER REFRIGÉRIO E UMA NOVA PERSPECTIVA PARA VIDA!

Se estamos experimentando os lugares altos do sucesso e poder ou estamos no vale da fraqueza e do desespero, o Senhor é o nosso Deus continuamente. Será que o inimigo tem te isolado levando você a duvidar do Amor de Deus? Nunca se esqueça que enquanto éramos pecadores o Senhor morreu por nós. O seu Amor é incondicional e real! O Amor de Deus não apenas nos redime das provas difíceis para nos trazer bem estar, mas também nos treina para libertar outros.

Como que alguém é realmente preparado para um ministério de obras poderosas? Pode ter certeza que este treinamento envolve preço e sofrimento. Jesus foi homem de dores, experimentado em trabalhos, desprezado, mas foi assim que Ele se tornou o Sumo Sacerdote da nossa confissão. Deus toma as nossas tristezas e dores e alarga o nosso coração com compaixão e unção.

A prova de Jose         

Considere José. Filho favorito de Jacó tinha sonhos e visões de Deus. Alguém genuinamente chamado. Mas como que este chamado de fato se processou e viabilizou? 
Foi traído pelos irmãos, deixado para morrer num poço. Depois foi vendido como escravo, injustamente acusado por Potifar e preso. Foi esquecido por todos, mas não pelo poderoso de Jacó que pacientemente o mediu e avaliou em todas as suas reações no vale das provas e dificuldades. Rico ou pobre, abençoado ou despojado, José serviu a Deus. Foi julgado diante dos homens, mas foi achado inocente diante de Deus. Tudo que ocorreu na vida de José parecia cruel e injusto, exceto que o Senhor Deus estava formando um homem para realizar o seu propósito na Terra. Na verdade não podemos ver o propósito de Deus enquanto estamos no vale. É necessário sustentar a fé nas promessas de Deus. José gerou dois filhos. O primogênito se chamou Manassés, que quer dizer “Deus me fez esquecer a minha tribulação e de todos da casa de meu Pai”. É algo maravilhoso a capacidade que Deus tem de transformar todas as coisas para o bem daqueles que o amam. Deus pode fazer tudo cooperar. O seu segundo filho foi Efraim, que quer dizer “Deus me fez prosperar na terra da minha aflição”. Deus o fez frutífero em todas as coisas em que foi afligido. Na terra da sua aflição, na sua batalha, este é o lugar onde Deus vai fazê-lo frutífero. Deus não prometeu nos manter em vales e sofrimentos, mas prometeu nos fazer frutíferos neles.

Certamente todos passaremos por alguns vales antes de chegarmos naquele lugar final que Ele tem para cada um de nós. Tudo que precisamos é sustentar um coração fiel durante as provas. A sua cura vai nos levar a esquecer de todo trauma do passado e vamos prosperar na terra da nossa aflição.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Paralisia do Sono


Pessoas que já possuem crenças relacionadas ao mundo místico, acreditam na possibilidade de influências sobrenaturais. Esse tipo de experiência tem sido alvo de conjecturas espirituais e científicas há muito tempo. Existem relatos documentados de séculos atrás. No entanto, a ciência já encontrou respostas para essas questões. Concluiu-se que a paralisia do sono nada mais é do que a falta de sincronia entre cérebro e corpo. Esse transtorno acontece no momento em que uma pessoa está quase adormecendo. Em alguns casos, a perturbação ocorre logo antes do despertar.

Antes de mais nada, é necessário que todos saibam que a paralisia do sono acontece a todos que dormem, o corpo fica muito tempo parado e as pessoas, geralmente, se movem pouco quando possuem um sono tranquilo. O problema ocorre quando o corpo continua paralisado, a pessoa acorda e não consegue se mover. A maioria das pessoas já passou por isso pelo menos uma vez.

Então, a pessoa que está passando por isso também tende a ter alucinações e essa é a pior parte. É só imaginar que alguém acorda, mas o corpo não reage e nenhum comando e, ainda por cima, sente, por exemplo, uma presença estranha de algo completamente fantástico em meio ao seu próprio campo de visão.

Certamente é algo muito assustador. Quando a pessoa é supersticiosa, pode acreditar realmente ocorreu algo sobrenatural naquele momento.

Apesar disso, algumas pessoas confundem esse estado real com um sonho e vão alegar algo do tipo “tive um sonho onde não conseguia me mover”, sendo que isso realmente aconteceu. Os principais #Sintomas são a imobilidade e a percepção.

No primeiro, a pessoa não consegue ter o menor controle sobre o corpo, pois, o cérebro pensa que a pessoa ainda está dormindo e não “liga” os sensores. Então, não há controle sobre olhos, boca e nem respiração, o que pode causar extrema angústia. Aí entra o segundo sintoma, que é a percepção, que, aliada ao sentimento de medo e angústia da pessoa, a fará sofrer alucinações.

Essas alucinações tendem a ser impressionantes, pois, toda a carga emocional vivenciada pelo paciente irá fazer com que ele não consiga sequer diferenciar o que é real do que não o é.

Podem ser em forma de sons estranhos e amedrontadores, cheiros estranhos, visões.

Além disso, há pacientes que relatam ter a impressão de que alguém o está pressionando, como se tivesse um peso em cima de si, ou uma presença estranha. Ainda há quem sinta estar flutuando fora do corpo, e também ouvindo terríveis gritos femininos. Mas, as alucinações também podem se manifestar com uma intensa sensação de sufocamento, onde o paciente não consiga ou tenha grande dificuldade para respirar, um episódio que pode durar segundos e até vários minutos.

Vários podem ser os fatores que causam esse distúrbio, que os cientistas atribuem a quem sofre de narcolepsia, condição que faz as pessoas terem distúrbios no sono e até mesmo não conseguirem resistir a ele. Também contribuem os baixos índices de hormônios e aminoácidos específicos, como melatonina e triptofano.

Os estudos apontam que toda pessoa passará por essa situação pelo menos uma ou duas vezes na vida, mesmo sem apresentar quadros de estresse ou possuir uma rotina extremamente irregular de sono.
Ao redor do mundo, as culturas possuem várias interpretações sobrenaturais para a paralisia do sono. Por exemplo, no Oriente é atribuído a fantasmas, nos países europeus acreditam ser causados por bruxas e, nos Estados Unidos, muitos afirmam ver extraterrestres. Durante anos, a paralisia do sono foi descrita de múltiplas formas, sendo inclusive atribuída à presença mística de seres maléficos. Acreditava-se que alienígenas, demônios e espíritos aterrorizavam os seres humanos durante a noite. Entretanto, hoje a ciência comprova que não é isso o que acontece.
Quem já passou por um episódio de paralisia do sono sabe o quanto isso é assustador. São poucos minutos de intensa angústia. Entenda porque isso acontece.

Existem alguns distúrbios do sono que comprometem gravemente a qualidade do repouso e, consequentemente, o rendimento diário das pessoas. Uma patologia que vem se mostrando bastante comum é a paralisia do sono.

Durante anos, a paralisia do sono foi descrita de múltiplas formas, sendo inclusive atribuída à presença mística de seres maléficos. Acreditava-se que alienígenas, demônios e espíritos aterrorizavam os seres humanos durante a noite. Entretanto, hoje a ciência comprova que não é isso o que acontece.

Embora esteja consciente, a pessoa fica impossibilitada de se movimentar e falar. Ou seja, durante uma crise, é possível perceber as coisas ocorrendo em seu redor. Entretanto, os músculos de seu corpo não respondem aos comandos do cérebro. A incapacidade de se mexer leva de segundos a minutos. Parece pouco tempo, mas pode se tornar um momento interminável e desesperador.

Isso acontece porque, embora você se sinta acordado, ocorre uma dessincronia entre o cérebro e os músculos. Dessa forma, o corpo age como se ainda estivesse dormindo. Algumas pessoas em crise podem ver imagens como monstros e fantasmas. Mas isso ocorre porque sua mente, ainda não está totalmente desperta e com isso acaba mesclando realidade e sonho.

Em muitos casos, a pessoa não consegue mexer um dedo sequer, tampouco virar sua cabeça para os lados. Em outros, é comum também uma sensação de pressão sobre o peito ou falta de ar. Essa experiência pode durar até cinco minutos, o que gera uma sensação assustadora para algumas pessoas.

Ao longo dos anos, pesquisadores chegaram à conclusão do que provoca a paralisia do sono.

A perturbação acontece porque, quando dormimos, o cérebro ativa um mecanismo de defesa que impede que nos movamos. Esse mecanismo permanece ativo durante um curto momento antes ou depois do corpo entrar ou sair do estado de sono. Isso significa que a paralisia pode ocorrer em dois momentos: no início do sono ou ao acordar.

Quando deitamos para dormir, nossa mente vai relaxando aos poucos e vamos perdendo consciência do ambiente ao nosso redor. A paralisia, nesse caso, ocorre um pouco antes do corpo entrar completamente no sono. Nessa ocasião, o corpo entra em estado de relaxamento muscular máximo, enquanto a mente ainda permanece em transição. As atividades cerebrais que produzem os sonhos têm início e surge, então, uma confusão mental. Sentimos que temos plena consciência de tudo ao redor, mas a mente está parcialmente em vigília. Enquanto isso, fragmentos de sonhos se confundem com visões.

Ao fim de uma noite, quando começamos a acordar, estamos saindo da chamada fase de sono REM. Durante essa fase nossos músculos estão imóveis e nosso corpo, totalmente relaxado. Ao recobrar a consciência, antes do corpo sair dessa fase, também é possível experienciar a paralisia do sono. Entenda um pouco mais sobre o sono REM e o que ocorre com nosso corpo quando estamos nesse estágio.

O sono alterna períodos de adormecimento profundo e de vigília. Todo esse processo envolve vários mecanismos complexos do corpo, e se divide em quatro estágios, incluindo a fase REM. O sono não REM é dividido em três estágios, de acordo com a profundidade gradual do adormecimento. A fase REM (em inglês: movimentos rápidos dos olhos) se caracteriza pela atividade cerebral acelerada. Na ausência de distúrbios do sono, a fase REM se alterna em ciclos com os outros estágios. Essa rotatividade se repete a cada período de 70 a 110 minutos, totalizando entre 4 e 6 ciclos por noite. Alguns fatores podem alterar a rotatividade normal das fases do sono, como: Idade, temperatura do ambiente, ritmo circadiano, uso de substâncias químicas e alguns tipos de doenças.

Além da rápida atividade do cérebro, no estágio REM ocorrem rápidos movimentos oculares e máximo relaxamento dos músculos. E é nessa fase do sono que temos os sonhos. A intensa atividade cerebral do sono REM produz sonhos com imagens e histórias complexas. Enquanto isso, ocorre o total relaxamento dos músculos, que é chamado de atonia muscular. Durante esse estágio o corpo perde sua mobilidade.

Quando ocorre a paralisia do sono, o cérebro está saindo da fase REM para um estágio de sono mais leve. No entanto, a atonia muscular persiste, impedindo a pessoa de se movimentar. Nessa ocasião, imagens e fragmentos do sonho ainda podem ser visualizados, provocando as conhecidas alucinações da paralisia do sono.
É provável que 4 a cada 10 pessoas experimentem a paralisia do sono. Na maioria das vezes, a primeira crise ocorre durante a adolescência. Entretanto, o distúrbio pode ocorrer em qualquer idade. Existem vários fatores ligados a esse distúrbio do sono.

Dentre eles, os mais comuns são: falta de sono; sono irregular ou precário; dormir de costas; estresse excessivo; abuso de medicamentos; insônia recorrente; câimbras noturnas; em alguns casos – não sendo regra – transtornos como a narcolepsia e o transtorno bipolar.

Durante um episódio de paralisia do sono, a pessoa experimenta algumas das sensações seguintes: incapacidade de se movimentar; consciência de que está acordado; incapacidade de falar; pressão sobre o peito e dificuldades para respirar; sensação de estar flutuando, cabeça girando, ou de que a cama esteja se movendo.

Na paralisia do sono também ocorrem as experiências hipnagógicas (alucinações sensoriais, auditivas e visuais), como:

Sensação de que existe algum intruso na casa ou no quarto: portas se abrindo; passos; presenças ameaçadoras se aproximando;

Alucinações visuais que incluem: espíritos malignos, demônios e outros seres com intenções assassinas;

Sensação de estar caindo ou sobrevoando o próprio corpo.

Ao despertar completamente, o indivíduo é capaz de lembrar-se minuciosamente dos detalhes da experiência. No entanto, não consegue afirmar com certeza o que foi real e o que não passou de alucinação.

As primeiras medidas para tratamento da paralisia do sono são comportamentais. É necessário dormir uma quantidade de tempo adequada, ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos. O tratamento medicamentoso não é indicado em todos os casos. Apenas pessoas que estão sofrendo com depressão e ansiedade, advindas desse distúrbio, recebem intervenção farmacológica. 

Referências:
http://portalmundocurioso.com - Wagner – Mundo Curioso

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Caco, pó ou Barro?


O texto bíblico acima mostra claramente que quando olhamos para nós mesmos em relação a Deus devemos sempre lembrar que somos feitos do pó da terra. 
A Bíblia diz que “formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2.7), ou seja, Deus molhou a terra, quebrou os terrões e amassou o barro, para formar o ser humano do pó da terra. Este contato do Senhor nos moldando demonstra seu amor para conosco. Contudo o pó pode estar em três estados: poroso, úmido ou endurecido.
A terra porosa é o pó em si sem mistura, mas não há como fazer nada com ele a menos que seja misturado com água e bem amassado para ser moldado. O caco é o pedaço barro seco quebrado e também não há como fazer nada com ele amenos que seja bem quebrado, triturado ou moído e volte a ser como pó para então ser molhado e formado como barro novamente. O barro é a massa moldável que pode ser formada em diversas formas.
A vida espiritual pode ser comparada com a terra em pó, em cacos ou em barro. Muitas vezes estamos secos, outras vezes estamos endurecidos. Precisamos ser moldáveis como o barro nas mãos do Senhor. Como você está? Vamos refletir sobre estes três estados:

1- CACO: Isaías 30.14

O caco é o barro endurecido e precisa ser moído para ser moldado.
Quando estamos endurecidos, rígidos e sem fé, precisamos ser quebrantados por Deus.
O que endurece o nosso coração? O orgulho, a incredulidade, a religiosidade, tradicionalismo, falta de temor de Deus... tudo isso endurece o ser humano fazendo com que “têm cauterizada a própria consciência” (I Timóteo 4.2).
O caco representa a pessoa que mesmo sendo religiosa, está endurecida. Não reconhece seus erros. Coloca a culpa nas pessoas e acha que é vítima. Por isso o ‘caco’ fere o seu próximo.
A pessoa que está como um caco, acha que já está formada e moldada e não precisa mudar. Até que seja totalmente quebrada novamente e reconheça a necessidade de transformação.
O apóstolo Paulo é um exemplo de pessoa que foi como um caco. Ele era religioso, mas o orgulho endurecia sua fé e não queria se converter. Mas Deus quebrantou ele até o pó para ser transformado num novo homem (Atos 9).
Davi certa vez disse que estava assim: “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte” (Salmos 22.15). Ele foi quebrantado por Deus quando reconheceu que estava na dureza do pecado. 
Não endureça seu coração (Salmos 95.7,, pois será como um caco que precisará ser moído.Você já se sentiu como um caco? Deus quer quebrantar e remodelar sua vida!

2- PÓ: Isaías 26.5

O pó é seco e precisa ser molhado para ser moldado. Quando estamos secos e ‘esfarinhados’ pelos atritos desta vida, somos como o pó da terra e precisamos ser molhados para ser moldado.
O que molha o pó? Há duas coisas que molham o pó: lágrimas (Salmos 42.3) e a água da Palavra de Deus para quem está sedento da presença do Senhor (Salmos 42.1). A palavra de Deus e as lágrimas tornam nossas vidas mais moldáveis. As lágrimas que derramamos são úteis para reconhecermos nossa necessidade de Deus e mudar de vida umedecendo o que estava seco.
Davi também foi um exemplo de pessoa que estava no pó do pecado e teve que reconhecer sua necessidade de Deus dizendo: “Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” (Salmos 103.14). 
As coisas do mundo enfraquecem a fé para você secar diante de Deus (I João 2.16). Você já se sentiu como o pó? Deixe Deus molhar sua vida com a água da Palavra!

3- BARRO: Isaías 64.8

O barro é a massa de pó de argila e água e pode ser moldado facilmente. Deus disse: “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? — diz o SENHOR; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jeremias 18.6).
Precisamos manter nossa vida sempre irrigada pela Palavra de Deus (II Pedro 3.5) para nunca secarmos ou endurecermos impedindo de ser moldados pelo Senhor.
O apóstolo João era um jovem discípulo de Jesus que em toda sua vida teve um coração sensível à ação do Senhor. Ele gostava de deitar a cabeça no peito de Jesus para sentir seu coração bater expressando seu amor e carinho (João 21.20).
Permita que Deus molde seu temperamento, atitudes e caráter. Cuidado com as coisas do mundo que endurecem o seu coração contra Deus. Você já s sentiu como barro? Deus o Oleiro, seja barro nas mãos do Senhor! Deus quer moldar sua vida!
Como é triste vermos pessoas que estão secas e enrijecidas não aceitando o Senhor. Também há pessoas que estão no pó, mas não permitem que Deus as toque.
Todos nós já estivemos como um caco que precisou ser triturado e como o pó que com lágrimas precisou ser molhado. Mas como é bom estar sendo amassado pelo Oleiro que molda nossas vidas. Com certeza Ele fará uma peça de honra para o Seu nome.
Não endureça seu coração! Não siga as coisas do mundo que te levarão ao pó! Deixe Jesus, a água da Vida, te molhar e moldar!