terça-feira, 20 de setembro de 2016

Evangelizando os Evangélicos

Você sabe o que realmente significa dizer: 'Sou Evangélico!'?

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:32 e 36.

A verdadeira graça procede de Jesus, por isso não se precisa afirmar a graça ao lado de Cristo, pois sem Cristo não há graça. E graça é favor imerecido, ou seja, “é Deus dando e fazendo tudo a quem nada merece.” É o “cordeiro que foi imolado desde a fundação do mundo”, que é o precipitador e mantenedor de toda graça. É por isto que não podemos falar Cristo e a graça, porque sem Cristo não há graça. Também não podemos dizer só Cristo mais a fé, porque sem Cristo não há fé. Não podemos dizer só Cristo mais as Escrituras, porque as Escrituras concorrendo com Jesus esquizofreniza a mente, por isso o que nós precisamos é só de Jesus. As Escrituras Sagradas serão realmente entendidas verdadeiramente quando lida a partir do Verbo Encarnado. Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo. 2 João 1:7.

Quando esta conclusão entra em nosso coração, há uma revelação que simplifica o olhar na vida e também radicaliza até mesmo as essências de nossas decisões. Quando temos esta visão, perceberemos que não há mais barganhas a fazer e não precisaremos mais de conluios com o cristianismo. Irmãos, este “cristianismo” instituído nos ofereceu praticamente mais de 1700 anos de bruxaria desde o imperador Constantino e não parou com a reforma protestante. Por isso nós não podemos nem ficar com o lado protestante do cristianismo, que nada mais é do que uma versão grega, polida, e de um catolicismo que fez literalmente dieta. Isto fez com que trouxessem para o cristianismo vários pacotes de doutrinas e preceitos de homens. Marcos 7:7 E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.

Doutrinas e mandamentos de homens fazem com que o evangelho se torne aguado e com isto criam absolutos que relativizam a Verdade insofismável da Palavra de Deus. Por isso, o próprio protestantismo está sob juízo. E esse movimento que nós chamamos de evangélico, essa hidra, essa besta de muitas cabeças, tem tudo, menos o Evangelho. Hoje o que se anuncia é o anti-evangelho, aliás, é o outro “evangelho”. Paulo já havia nos advertido sobre este assunto. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Gálatas 1:8.

O que se anuncia hoje dentro das igrejas é pura macumba e o “deus” que está instaurado é mamon. O altar é aquele no qual as pessoas se ajoelham com expectativa de receber diante de Deus alguma benção, se puser grana e se participar das campanhas. Todas elas são baseadas na obsolescência do Antigo Testamento. Muitas delas são baseadas em Gideão, Sansão, Jefté, Davi, Abraão, na pancadaria, na maldição etc. Porque eles sabem que no Espírito do Novo Testamento não dá para sobreviver com isso que eles chamam “igreja”. Irmãos amados, precisamos definitivamente estar e permanecer casados com o Evangelho da graça de Deus. Porque fora do Evangelho só há barganhas. Hoje a preocupação dos “crentes” é tão somente com as coisas terrenas e não as celestiais. Qual será o fim disto? A resposta, infelizmente é a perdição. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Filipenses 3:18-19.

Hoje os crentes estão se apresentando diante de Deus e da sociedade com uma carteira de identidade de boa conduta, que significa um purismo interior hipócrita. Eles são puros sim, mas puros aos seus próprios olhos, mas não são puros diante do Senhor da glória. Eles nunca foram puros, mas se consideram puros. Que tragédia! Há daqueles que são puros aos próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia. Provérbios 30:12.

Não há barganhas a fazer com o cristianismo, com sua hiper valorização ideológica, política, com seu culto aos bens, ao poder, ao status. A grande maioria está anunciando de modo politicamente correto o evangelho, mas desses púlpitos de oráculos magificados pela superstição e pela paganidade da religião de infantes perdidos. O que tem se pregado hoje não é o evangelho, mas uma mistura de doutrinas estranhas que sufocam as pessoas. Não creio que seja evangelho o que se diz com nome de evangelho. Também não creio que se esteja pregando a Jesus, quando se fala o nome de Jesus. Irmãos não podemos nos deixar confundir por nenhuma dessas coisas, porque se o conteúdo não for exclusivamente do evangelho, podem banhar o “cristo” de purpurina, pois a esse “cristo” diremos: “Arreda em Nome de Jesus. O fundamento da igreja é Cristo Jesus o Senhor e não há outro. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; 1 Coríntios 3:11 e Efésios 2:20.

Portanto, se vier qualquer outro evangelho, vestido de qualquer coisa, mesmo que chegue até nós cheios de terminologias que já conhecemos, mas se negar o fundamento e a essência da graça de Deus de que já está tudo feito, pago, realizado, consumado por Jesus, não é o evangelho. O apóstolo Paulo reitera em Gálatas 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.

Sob a recomendação de Paulo eu afirmo em Nome de Jesus que, o que se instituiu a nossa volta é anátema, é abominação. E quem quiser andar em conluio com isso, saiba, está caminhando de mãos dadas com a pior feitiçaria já inventada na terra. Tudo isso está sendo praticado blasfemamente em nome de Jesus e provoca essa grande fraude em nome do evangelho. Eles tornaram o termo igreja em algo que define um agrupamento de assaltados pelos assaltantes mais sofisticados, venais e calhordas que já surgiram na história humana. O “povo de Deus” está achando que basta cultuar a Bíblia, carregar o livro, dizer que são homens da palavra, porque carregam esse livrão que nada mais é do que um “best seller” que endinheira organizações que vivem da venda do produto sem a preocupação da absorção do conteúdo. É por isso que muitos vão para o inferno com a Bíblia e sem Jesus no coração. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Marcos 16:15-16.

O adágio popular diz que “uma andorinha só não faz verão”, mas quando o verão chega até as andorinhas acovardadas tem que voar, porque fica quente demais. Portanto, cada um de nós tem que decidir, ou ficamos com o caminho do clube social, ou ficamos com o caminho do Caminho. Muitos efetivamente preferem lamber e beijar o engano da religião, mas graças ao Senhor, há aqueles que já cuspiram esta maldade e estão comendo Pão da vida. Eles estão seguindo o Cordeiro por onde quer que Ele vá. Estes irão aceitar se alimentar daquilo que é puro e simplesmente Jesus. Aquilo que não é Jesus provoca uma indigestão eterna no coração. Por isso digo que reforma só acontece em templo e não em igreja. Irmãos, somos do Senhor, fomos comprador por Ele. Jesus morreu, nós morremos nEle, para sermos eternamente dEle. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5:15. Amém. Claudio Morandi

domingo, 18 de setembro de 2016

O Eucalipto e o Cristão

“E, se for santa a raiz, também os ramos o serão.” (Rm 11,16)

Um eucalipto morto na beira da estrada. Estávamos indo dirigir um culto em uma comunidade de nosso ministério, juntamente com nossa equipe de evangelismo, quando na beira da estrada percebo um eucalipto de mais de sete metros de altura, muito robusto, porém; sem folhas, sem galhos, muito seco e literalmente sem vida. Rodeado de uma vegetação verde e viçosa, esta árvore, ou melhor, este tronco; se destacava devido seu tamanho de modo imponente, porém, morto.

Fiquei curioso. Como pôde uma árvore daquele tamanho e porte morrer? - Foi a minha indagação. Comentei com os companheiros de viagem: - A árvore morreu, porque a raiz dela está morta! Pois o que sustenta uma árvore é a raiz. No entanto, a grande questão era, o que teria matado a sua raiz? Nesse ínterim, o irmão Alexandre respondeu: “O que matou a raiz da árvore foram formigueiros, pastor. Elas fazem suas casas junto as árvores cujas raízes a seiva é doce”. De fato constatamos que em torno dela haviam vários formigueiros e que internamente na base do tronco havia uma comunidade de cupins. 

Ao mesmo tempo que é impressionante, é também assustador. A vida de uma árvore imensa e robusta pode se ceifada de modo lento e sutil por pequenos insetos. Quando compreendi isto, entendi também por que dentro da igreja do Senhor Jesus tem pessoas que estão morrendo, e outras encontram-se literalmente mortas espiritualmente. 

A ação dos formigueiros mina a vitalidade da árvore. Paralelamente o mesmo ocorre no mundo espiritual. Satanás instala em torno das pessoas formigueiros que acabam culminando em sua morte espiritual. Tornando sua vida, seca, sem folhas, sem galhos, sem fruto.

À semelhança do eucalipto cercado pela vegetação, o crente morto espiritualmente fica dentro da igreja cercado pelos outros, porém, inativo, improdutivo, sem vida, sem alegria, sem fruto. Porque? Porque Satanás matou suas raízes. Drenou toda a seiva doce que o alimentava e sustentava.

Se você podar uma árvore, ela não morre conquanto suas raízes permaneçam. Mas se você cortá-las, sim, ela morrerá! Daí o ditado popular que diz que o mal deve ser cortado pela raiz. NAO HÁ VIDA DURADOURA SEPARADA DA RAIZ! A única pessoa neste mundo que tem a seiva doce é o crente! Satanás para matá-lo, inocula no seu coração pequenos formigueiros; estes depois de terem drenado toda a seiva de suas raízes espirituais, deixa-o pronto para servir de morada para os cupins (demônios).

Cupins não comem raízes, nem seiva; só madeira seca. Da mesma maneira , são os demônios, para viverem precisam de uma habitação humana para se hospedarem. (Marcos 5: 9) A seiva que alimenta a fé do crente é a palavra de Deus, que à semelhança do sangue que corre nas veias do corpo, circula nas veias da fé. “A fé vem pelo ouvir e o ouvir a palavra de Deus. “ (Rm 10:17) 

A fé na palavra de Deus é o ingrediente principal para que o homem obtenha salvação de sua alma, no entanto, “o homem, não vive só de pão, mas de toda a palavra de Deus”, ela é a espada do Espírito, a materialização do que se declara; assim, sem a palavra de Deus percorrendo o coração do homem, ele está drenado da fé. (Hebreus 11:6)

O Senhor Jesus ilustrou que o corpo do homem pecador precisa ser liberto da ação dos demônios, e que quando este “espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; e, não o achando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí.” (Lucas 11:24). “E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro.Assim também acontecerá a esta geração perversa.” (Mateus 12:44,45)

O corpo e o coração do homem é a casa de Satanás. Tanto corpo quanto coração precisam estar purificados, consagrados e cheios da palavra de Deus. O perigo da casa vazia se encontra na possibilidade dela ser habitada por demônios; o que culminará na sua destruição. 

Um dia o eucalipto cairá. O homem também que tem seu coração frequentado pelo mau, mais cedo ou mais tarde irá cair. ... Morto. Muitos cristãos estão morrendo, porque têm tido a seiva das suas raízes drenadas por dois fortes formigueiros: os quais; Uma vida cristã de aparências. O galho que se desliga da árvore durante uma tempestade pode florir brevemente e pode dar ao transeunte despreocupado a impressão de que é um ramo saudável e frutífero,mas não demorará, morrerá tanto o galho quanto o fruto, pois o ramo seca e morre. Este eucalipto durante um período provavelmente, mesmo a caminho da morte floresceu, mas não durou muito e morreu. Muita coisa que passa pela vida do cristão na atualidade se assemelha ao brilhante esforço do ramo quebrado para produzir fruto na estação própria, e não passa de nada mais e nada menos do que uma breve aparência de vitalidade.

Por isso a bíblia diz: “O meu povo perece por que lhes falta conhecimento.” (Oséias 4:6) 2) Despreocupação para com a raiz verdadeira; não há vida fora da raiz. não obstante, é possível haver enxerto de raízes diferentes da verdadeira que durante um bom tempo poderá alimentar a árvore.

O grande mal do cristão de agora é a negligencia para com a verdadeira raiz que geralmente fica fora de vista. Raiz da verdadeira vida espiritual, que é Jesus, o autor e consumador da fé, tende a passar despercebido. Assim, a fé vai sendo nivelada pelas experiências, pelos resultados imediatos, pela busca do sucesso, da prosperidade, enfim por tudo que possa dar certo.

Porque, neste contexto, fé é aquela que traz resultados imediatos. Ainda que não se saiba de onde vem, ou seja, de que raiz pertence! Uma igreja cuja raiz não seja a verdadeira não pode permanecer, pois a essência da árvore tem que ser a mesma da raiz. “E, ... se for santa a raiz, também os ramos o serão.” (Rm 11:16)

O eucalipto e você são semelhantes e diferentes ao mesmo tempo. Semelhantes porque ambos podem ser vitimas de formigueiros, vindo a morrer e se tornarem redutos de cupins, e diferentes porque o eucalipto não pode fazer escolhas, mas você, sim! (Mt 25:34)

Pr. Paulo César

sábado, 17 de setembro de 2016

É Hora de Remir o Tempo

Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus.(Efésios 5:14-16)
Vendo mais uma vez o noticiário, me deparei com mais notícias tristes de morte entre familiares. Se não bastasse o caso de um menino de 13 anos que matou os pais e parentes ,vemos também uma mãe que é suspeita de matar as duas filhas, uma família inteira que foi envenenada e um artista que se suicida por motivo banal.
Casos como esses, têm sido comuns no noticiário e mostra o quanto a degradação familiar tem atingido muitas vidas. A inversão de valores da sociedade e a banalização da vida e dos conceitos mais elementares do viver tem feito vítimas.
A falta de um conceito daquilo que é importante tem atingido muitas pessoas, onde o “ter” é substituto do “ser”. O altruísmo foi substituído pelo egocentrismo. A corrida do materialismo por parte dos pais e a falta de limites dos filhos são alguns exemplos desta substituição. Infelizmente, o valor da vida é tão desprezada por essa geração que hoje se mata e se tira a vida por qualquer motivo e circunstância.
Diante de notícias como essas, acende-se um sinal de alerta para a Igreja do Senhor onde vemos nitidamente os tempos trabalhosos que diz a palavra de Deus:
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,(2 Timóteo 3:1-4)
Por isso é necessário que nós, como Igreja do Senhor, venhamos a nos despertar quanto a 3 aspectos relacionados ao tempo:
1) Devemos discernir o tempo que estamos vivendo: Certa vez Jesus chega para os religiosos e disse:
Hipócritas, sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis então discernir este tempo? (Lucas 12:56)
Nesta passagem Jesus alertava um povo que conhecia muitas coisas, achavam-se “super espirituais”,mas não conseguiam “discernir o tempo”. Apesar de conhecer as Escrituras e as profecias que apontavam ao Messias, os religiosos ainda pediam um sinal (Mt 16:1-4).
Assim como foi no passado muitas pessoas hoje não tem tido discernimento quanto ao tempo que estamos vivendo. Infelizmente, muitos cristãos estão tão fascinados em “prosperar” e “ter” que esquecem daquilo que lhes foi prometido, como aquilo Deus tem preparado ( Jo 14: 1-3) E foi assim também com o povo de Israel. Na época de Jesus os religiosos estavam mais preocupados com as “suas coisas” que esqueceram da promessa do Messias. Embora esperassem a vinda daquele que viria “libertar” seu povo , o “discernimento” que tinham da sua vinda era tão distorcido que quando Ele veio, muitos não creram. Outros estavam tão preocupados com a questão política da nação e o domínio político de Roma que idealizaram o Messias como um rei e governante terreno. A preocupação dos líderes religiosos, por exemplo, era com sua vida e com seu status. Esqueciam os religiosos de cuidarem da vida das pessoas em detrimento a seu bel prazer.
Diz as Escrituras que Jesus teve compaixão daquele povo e discernindo a situação daquele momento declarou que as ovelhas de Israel andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não tem pastor(Mt 9:36). Jesus conhecendo aqueles religiosos censurou-os afirmando que aquilo que buscavam mesmo eram os “primeiros lugares nas sinagogas e banquetes, ou seja, buscavam ser importantes a fim de serem visto por homens(Mt 23:5-6).
Infelizmente temos visto isso em muitos lugares, onde muitos que se dizem “ministros de Deus” estão mais interessadas em si, do que no próprio rebanho. A esses já dizia o profeta Jeremias:
Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o SENHOR. Portanto assim diz o Senhor Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitas-tes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.(Jeremias 23:1-2).
Num tempo como hoje, devemos pedir a Deus o dom do discernimento. Creio que o maior dom destes tempos é dom do discernimento.(1 Cor 10:12). Diante de tudo que tem  acontecido e de tantas pessoas que se dizem “profetas” é necessário que venhamos verdadeiramente a discernir entre os falsos profetas e os verdadeiros, entre os falsos ensinos e aqueles que são genuínos. E assim como houve falsos profetas nos tempos antigos, assim também é hoje, como diz as Escrituras:
“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras” (2 Pe 2.1)
O apóstolo João nos ensina a “provar os espíritos” para ver de onde procedem, pois existem muitos falsos profetas que tem se levantado no mundo(1 Jo 4:1-6). Provar significa por a prova, demonstrar a verdade e autenticidade de uma coisa com razões, fatos, testemunhos, documentos e etc.
João não pediu para darmos “amém a todas as coisas, mas antes prova-las. É por isso que não devemos ser ingênuos e acreditar que tudo que nos é ensinado provém de Deus. Devemos discernir o certo, do errado, o verdadeiro do falso e etc.
Discernir significa reconhecer , perceber, distinguir e diferenciar algo ou alguém.
Esse discernimento não é algo que vem de nós mesmos, mas de um conhecimento que vem do Espírito de Deus.
2)Aproveitando o tempo que temos – Outra aspecto que devemos considerar é que neste tempo precisamos aproveitar ao máximo o tempo que temos. A palavra de Deus diz que devemos aproveitar as oportunidade e o tempo que temos para viver uma vida de prudência. Quando diz que devemos ver prudentemente como andamos, Jesus nos faz refletir sobre a nosso condição espiritual(Ef 5:15). Com relação a isso o livro de Colossenses o apóstolo Paulo nos admoesta a nos portar com sabedoria, aos que são de fora, aproveitando aos oportunidades(Cl 4:5). Aliás, em algumas traduções das Escrituras expressão “remir o tempo” significa “aproveitando cada oportunidade”(Ef 5:16a). Paulo nos ensina nestas passagens a viver uma vida de vigilância e prudência.
Aliás em muitas  de suas parábolas Jesus também nos fala sobre a vigilância e a prudência, como na parábola das 10 virgens e dos talentos ) Na parábola de dois servos, Jesus descreve dois servos a quem Deus confiou os seus empregados para darem-lhe sustento. Enquanto um fazia o certo, ou seja, dava-lhes o necessário, para se sustentarem, o outro, mal , começou a espanca-los e a comer e beber com os bêbados. (Mt 24:46-51). A parábola termina mostrando que  servo fiel e prudente soube aproveitar as oportunidades. (Mt 24:46).
Quando falamos de remir, isto significa “ter em nosso poder” o tempo, aproveitando o máximo a oportunidade que nos é dada. Existem pessoas que não oram mais, que não leem a palavra e que esqueceram por completo das coisas de Deus. Somos distraídos facilmente com o entretenimento quer ele dentro ou fora da igreja. Numa época como a de hoje devemos aproveitar da melhor maneira possível o nosso tempo. Jesus lamentou e chorou a negligência do povo judeu por não aproveitar e reconhecer o tempo da visitação de Deus(Jesus) em suas vidas. (Lc 19:44).
Disse Jesus: “Ah, se tu conhecesses também, ao menos “NESTE DIA” o que a tua paz pertence” (Lc 19:42)
Jesus estava dizendo: “Ah, se soubessem que EU SOU , você teria a paz que necessita.”
Enquanto, muitos oravam pela vinda do Messias no templo,Jesus passava perto do lugar de adoração naquelas mesmas ruas de Jerusalém, montado em um jumentinho. Temos, portanto que estar atento “espiritualmente” para não perdemos tempo e oportunidade. Enfim, eles não perceberam que aquele que fazia sinais e maravilhas e estava junto deles, era o Enviado.
Como já havia dito, a preocupação com esta vida, muitas vezes nos leva a não conseguir enxergar que Deus está tão próximo. Os discípulos no caminho de Emaús estavam tão preocupados e tristes que não conseguiam enxergar que Cristo estava ao lado deles (MT 24:13-35). Podemos perder a oportunidade de estar com Deus se nos preocuparmos excessivamente com nossos interesses ou nossos problemas. É necessário portanto aproveitar ao máximo o tempo que temos, pois o tempo de Deus está próximo.
3) Entender que o tempo de Deus está próximo – E assim como muitos religiosos judeus não perceberam quando o Messias chegou, HOJE, muitos cristãos estão também com com relação a volta de Cristo. Os sinais de sua vinda estão bem visíveis, mas muitos preferem não “enxergar” os sinais deste tempo. Jesus diz que assim como foi nos dias de Noé, onde comiam, bebiam e se casavam , assim será na volta do Filho do Homem(Mt 24:38-39).  Diz as Escrituras que eles não “perceberam”até que veio o dilúvio(Mt 24:39)
Muitos não estão percebendo, mas um dos sinais da vinda de Cristo é justamente o que foi relatado no início deste estudo,  a desagregação familiar como está escrito:
E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer(Marcos 13:12).
A palavra de Deus diz que os dias são maus e o mundo jaz no maligno(Ef 5:16b; 1 Jo 5:19b).
Também diz:
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver, e, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.(Mateus 24:21-22)

Diz as Escrituras que o tempo se abrevia, ou seja , se torna cada dia, mais curto, ou reduzido. Como diz as Escrituras:
Isto, porém, vos digo, irmãos, que o tempo se abrevia; o que resta é que também os que têm mulheres sejam como se não as tivessem; E os que choram, como se não chorassem; e os que folgam, como se não folgassem; e os que compram, como se não possuíssem; E os que usam deste mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa(1 Coríntios 7:29-31)
Quando fala que o tempo tem sido abreviado, temos a impressão que por ser curto o tempo não haverá mais chance de pessoas se salvarem. Parece que seria necessário que Ele “estendesse” o tempo. Porém a realidade é que o Senhor tem abreviado o tempo, para que muitas pessoas não venham a sofrer, nem se angustiar e nem se desfalecer na  sua fé,  mas que sejam poupadas das terríveis coisas que há de vir.  Como já falamos os dias são maus e a tendência é piorar cada dia mais.  Por isso que Jesus nos diz que devemos viver como se nada fosse nosso, pois tudo isso passaria.  É claro que devemos buscar aquilo que necessitamos, porém não devemos “viver em função dessa busca pelo ter.
Diz as Escrituras:
“Se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém se salvaria mas Ele, por causa dos eleitos que escolheu, abreviou aqueles dias.” (Marcos 13:20)
Jesus se refere a grande tribulação que acontecerá e que de certa forma no “princípio das dores” já está acontecendo.
Abreviar o tempo ,portanto, significa encurtar o tempo de tribulação para que muitos que estão crentes ou vão ser, não venham a desfalecer pelas tribulações que hão de acontecer.  Por tudo isso devemos “REMIR O TEMPO”, “URGENTEMENTE”.
Devemos entender que o tempo da vinda de Cristo está próximo, como diz os santos profetas :
Porque está perto o dia, sim, está perto o dia do Senhor; dia nublado; será o tempo dos gentios. (Ezequiel 30:3)
Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor? Será de trevas e não de luz. (Amós 5:18).
Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão(2 Pedro 3:8-10)
Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo(Apocalipse 1:3)
Anderson Cassio de Oliveira

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A História do Beijo

     
Na Suméria (região da antiga Mesopotâmia, hoje Ásia), as pessoas costumavam enviar beijos para os céus, endereçados aos deuses.

       Na Antiguidade, o beijo materno, de mãe para filho, era bem comum. Entre gregos e romanos, era observado entre todos os membros de uma família e entre amigos bastante íntimos ou entre guerreiros no retorno de um combate, muitas vezes, com conotação erótica. Os gregos, aliás, adoravam beijar.  No entanto foram os romanos que o difundiram. Para explanar sobre o beijo, o latim tem três palavras distintas: osculum, beijo na face; basium, beijo na boca; e saevium, beijo leve e com ternura.

       Beijo na boca, entre cidadãos da mesma classe social, era uma saudação praticada pelos persas. Heródoto, no século 5 a.C., listou todos os tipos de beijos e seus significados entre persas e árabes.
       Na Idade Média, séculos 12 e 13, a saudação entre religiosos cristãos tornou-se o beijo de paz, que simbolizava a caridade e unia os cristãos durante a missa. O beijo de paz também era utilizado pela Igreja nas cerimônias de ordenação, na recepção de noviços, na missa etc. Neste mesmo período da história, a Igreja Católica proibiu o beijo caso este tivesse alguma conotação libidinosa. O beijo, afirmavam os religiosos, não tinha de ter ligação com o prazer sexual. Os fiéis passaram a beijar o osculatório e somente os clérigos mantiveram o costume do beijo nos lábios para as cerimônias.

       O beijo na boca passou também a representar uma espécie de contrato entre o senhor feudal e o seu vassalo. Era algo como "dou minha palavra". Os burgueses adotaram o beijo na face como sinal de saudação; os nobres usavam o beijo na boca para o mesmo fim.

       Somente no século 17 que os homens deram fim ao beijo na boca, o substituíram, então, pelo abraço cerimonial. Paralelamente, os religiosos substituíram o beijo na boca pelo beijo nos pés, o beijo nas mãos, chegando ao aperto de mão e ao abraço da paz.

       No século 19, o surgimento do Romantismo, que dava ênfase ao individualismo, lirismo, sensibilidade e fantasias, com o predomínio da poesia sobre a razão, favoreceu aos ardentes romances e tórridas paixões. Conseqüentemente, os beijos ganharam tremendo espaço e popularidade. Com o feminismo, a mulher, muito mais liberada, não tem mais vergonha de expor seus desejos. A literatura oriunda desta época, os filmes produzidos em Hollywood (quem não se lembra da cena protagonizada por Vivian Leigh e Clark Gable em"...E o Vento Levou"?, mudou hábitos tradicionais de vários povos. Entre os negros, amarelos, povos árabes e indianos, entre os quais o beijo não fazia parte dos costumes.

Segundo a Bíblia:

       Modo de saudação usado no Oriente desde os tempos patriarcais (século XVIII a.C.), entre pessoas do mesmo sexo, e em casos especiais, entre pessoas de sexo diferentes. Os pais e as mães beijavam os filhos e pessoas da mesma família, cf. Gênesis 31:28 e 55; 48:10; II Livro de Samuel 14:33. Os filhos beijavam os pais; cf. Gênesis 27:26. Irmãos e irmãs beijavam-se mutuamente – cf. Cantares 8:1. Do mesmo modo faziam outros membros da família; Gênesis 29:11. Amigos e camaradas beijavam-se reciprocamente – cf. I Livro de Samuel 20:41. Nos tempos de Jesus Cristo, os convidados a um banquete eram beijados à entrada da casa – cf. Lucas 7:45. Era assim que os antigos cristãos se saudavam – cf. Romanos 16:16, como símbolo de fraternidade cristã. O beijo parecia não ter conotação maliciosa e era encarado como um cumprimento corriqueiro entre as pessoas e uma expressão de amor fraternal. O beijo de Judas, o beijo da traição, tornou-se tanto mais vil e odioso devido ao fato de um ato de amor fraternal ter sido usado como ato de deslealdade – cf. Mateus 26:49. O beijo era um sinal de respeito, beijavam-se os pés dos reis em sinal de grande honra, ou de humildade e sujeição – cf. Salmos 2:12. A mesma idéia se ligava aos idólatras que beijavam seus ídolos – cf. I Livro de Reis 19:18. Era uso atirar beijos com a mão depois de haver beijado – cf. Jó 31:27. (Adaptado do Dicionário Bíblico de J. Davis, Editora Juerp, 15ª Edição de 1989).

O Beijo na Concepção Islâmica:

      O comentário que se segue foi feito pelo líder islâmico Samir El-Hayek tradutor do Alcorão para o português. Ele comenta sobre o beijo:
 
“Nós muçulmanos nos beijamos. Beijamos nossos amigos e irmãos... Não na Boca! Nem a própria mulher a gente costuma beijar na boca. Beijamos no rosto, na testa. É a nossa cultura. O beijo na boca é invenção do cinema hollywoodiano, que continua ganhando muito dinheiro com isso”.
 

O Beijo na Concepção Católica:

       Bem, como já vimos acima, o beijo amoroso foi proibido pela Igreja Católica na Idade Média e em nossas pesquisas não conseguimos a informação se esse decreto foi extinto ou não. Entretanto, a Igreja Católica Romana tem no beijo uma maneira de referência e adoração; beijam-se as imagens e abascantos, beija-se a mão do clérigo, o padre beija o altar, o Papa por várias vezes beijou o solo onde foi peregrinar, beija-se após fazer o sinal da cruz, beija-se o irmão de fé em sinal de amor cristão... Enfim, poderíamos dizer que o beijo compõe o culto e os rituais do catolicismo.

O Beijo nas religiões Orientais:

       Para as religiões Orientais, o beijo é um ato muito íntimo, jamais realizado em público. É algo reservado e que dificilmente será motivo de vexatório.

O Beijo na Ótica Protestante Evangélica:

       A Bíblia mostra que os irmãos se saudavam com um beijo no rosto em sinal de cordialidade e cumprimento (Rm.16:16). Era um costume da época, como o nosso hoje, de saudar uns aos outros com um aperto de mão. O ósculo não é colocado como uma doutrina ou ensinamento, mas apenas como um gesto de cordialidade que deveria e deve haver entre os irmãos. Em nossas igrejas o povo é livre para saudar, não frisamos o ósculo pelo fato da inconveniência. A Bíblia nos ensina a evitar a aparência do mal (I Ts.5:22). Na nossa sociedade, homem beijando homem é um tanto desconfortável, sendo considerada uma prática libidinosa. Não queremos causar escândalos a ninguém (Rm.14:13) e por isso evitamos a prática do ósculo. O beijo no culto evangélico não é usado como no caso do catolicismo.
       No casamento, na intimidade do casal evangélico, não há restrição no ato do beijo na boca. Entretanto, no caso do namoro, todo cuidado se faz necessário, pois a fornicação é um pecado segundo a Bíblia (Ap. 21:8). O beijo caloroso demais entre o casal de namorados pode sair da esfera de carinho e se tornar carícia, por isso a necessidade de se ter os devidos cuidados. No meio evangélico, geralmente, existe um conselheiro que acompanha o casal de namorados e fornecendo-lhes as devidas orientações e precauções que devem ser aplicadas no dia a dia.   Pr João Flávio Martinez

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Grande Joalheiro

Há muito tempo, um jovem que vivia desanimado dirigiu-se ao seu professor dizendo: Me sinto tão fraco que não tenho forças para fazer nada. Dizem até que não sirvo para nada, que não faço nada certo. O que posso fazer para que me valorizem mais? 

E o sábio professor tirou um anel que estava usando e deu ao garoto, dizendo: Tente vender este anel pelo máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro. O jovem pegou o anel e partiu.

Ofereceu-o a algumas pessoas, que olhavam com algum interesse, mas quando o jovem mencionava a moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele.
Abatido pelo fracasso, resolveu voltar. E diante do seu professor, disse: Sinto muito, mas é impossível conseguir o que pediu pelo anel. E o professor disse: Devemos saber então quanto vale. Vá até o joalheiro, diga-lhe que quer vender o anel e pergunte quanto ele dá, mas não importa o quanto ele lhe ofereça, não a venda... volte aqui com o anel. O joalheiro examinou o anel, pesou e disse: Agora, não posso dar mais que 58 moedas de ouro por este anel. 58 MOEDAS DE OURO!!! - Exclamou o jovem. Sim, disse o joalheiro, mas se não for urgente, eu posso oferecer até 70 moedas de ouro.
Então o jovem pegou o anel e voltou emocionado à escola para contar ao professor. Depois de ouvir tudo o que o jovem lhe contou, o professor disse:

Somos como esse anel, uma joia valiosa e única, e ninguém, além do Grande Joalheiro, nosso Deus e Pai, que deu seu filho Jesus por amor de nós, sabe o nosso real valor!
Para distinguir um diamante verdadeiro de um falso, um joalheiro fez a seguinte prova: Uma imitação nunca é tão brilhante como a pedra autêntica. Se o seu olho não está suficientemente experimentado para perceber a diferença, basta colocar a pedra na água. O brilho do diamante falso se ofusca; o verdadeiro não perde nada de seu brilho. Assim acontece com o verdadeiro cristão; mesmo em face das dificuldades ele mantém a sua elegância espiritual.

Deus nos criou para Ele, para que O honremos. Nós nos desviamos, porém Ele nos salvou. Cada crente que é nascido de novo recebeu a vida do Senhor Jesus para poder segui-Lo e imitá-Lo. Assim, pois, podemos fazer brilhar alguns reflexos de Sua formosura moral, alguns traços de Seu caráter: amor, justiça, paciência, confiança, obediência.

Somente os que vivem essa nova vida pelo poder do Espírito Santo são de fato reconhecidos por Deus. Infelizmente, às vezes em nossa vida é acrescentado algo falso, imitações baratas do que é divino. Deus vê isso, como o joalheiro que identifica o diamante verdadeiro. Para nos provar, coloca a pedra na água, ou seja, permite circunstâncias difíceis.

Nas dificuldades temos de estar atentos para ver qual é o objetivo de Deus. Sua Palavra nos esclarecerá para que saibamos o que não vem dEle. Consideremos os obstáculos em nosso caminho sob outra perspectiva. Nosso Pai permite isso para nosso crescimento espiritual e para que o reflexo da vida do Senhor Jesus seja visto por todos em nós.

Todos temos a responsabilidade de mostrar Cristo ao mundo, pois há pessoas do nosso círculo de amizades que estão esperando por nossa ajuda.
“Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” Mateus 5:14-16.

Qual é a diferença entre o trabalho de um gemólogo e de um joalheiro? Um joalheiro é o profissional que cria a joia ou a confecciona. O gemólogo é o responsável pela avaliação específica das gemas preciosas que compõem as joias. O gemólogo estuda as propriedades, identifica a natureza da gema, classifica-as em função do peso, lapidação, cor, dureza e pureza e opina ainda sobre o valor econômico destes materiais naturais.

Portanto, este profissional controla a qualidade das gemas, o que é fundamental para vendedores, compradores e colecionadores, atuando no controle das necessidades de avaliar muitas variedades de material existente no comércio, no descobrimento de novas gemas e assessorando tecnicamente no tratamento de gemas naturais.

Outro campo relevante de atuação se dá nos métodos de gemas sintéticas e no reconhecimento de gemas de imitação, as quais só têm a aparência de gema, mas nunca seu valor econômico.
“Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.” I Pedro 1:7.
Você sabia que existe uma profissional especialista em pedras preciosas? O Que é Gemologia?  A Gemologia é a ciência que estuda as "pedras preciosas", ou seja, as gemas e materiais gemológicos.

Identificando se é natural, sintética, artificial, além de imitações. Estuda também características mineralógicas, os processos de tratamento e sintetização de gemas. A gemologia é uma ciência que se dedica exclusivamente ao estudo de gemas preciosas, lapidadas, em geral utilizadas como matéria-prima na confecção de joias. Em sentido amplo, podemos definir como o objeto de todos os tipos de materiais decorativos utilizados em joias, com a exceção de metal. Estude sua composição e propriedades, origem e depósitos, os tratamentos de vários tipos e tipos de esculturas que realçam a sua beleza.

O gemólogo é o especialista em gemologia. Mas o gemologista para identificar não só aprender, mas também para distingui-los dos obtidos por síntese e suas imitações, e também para detectar os vários tratamentos usados para melhorar a sua aparência.

Gemas são definidas como as substâncias naturais que têm as qualidades de beleza, durabilidade e raridade. O primeiro deles é muitas vezes ligado a suas propriedades ópticas: cor, transparência, brilho, dispersão, etc. O segundo sua solidez vários agentes, que desempenham um importante papel dureza, resistência ao ácido ou alcalino, etc. A terceira, a sua escassez natural e também sua demanda no mercado em um determinado momento. São minerais, rochas ou outros materiais que têm como característica a beleza e a durabilidade. As gemas mais famosas são turquesa, ágata, ametista, hematita, quartzo, rubi e jaspe. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Solidão

   
Nós vivemos num mundo que chora e geme, que chora e range os dentes. E a cada dia que passa o mundo tem mergulhado em mais lágrimas e dores.
         Muito embora a involução, a regressão, a bestialização do ser humano possa ser fundamento e origem para dezenas de texto reflexivos, gostaria de centrar a minha (e a sua) atenção num problema que tem atingido proporções epidêmicas: a solidão.
         Cada vez mais as pessoas tem se fechado em torno de si mesmas, com conseqüências desastrosas, destrutivas, mortíferas. Isto é visível e inegável. Os efeitos são claros e conhecidos. Por isso gostaria de discorrer sobre as causas e a cura da solidão.
         As pessoas do mundo (inclusive aquelas que vieram para a Igreja) são naturalmente egoístas, mesquinhas e egocêntricas. E querem ser servidas, queridas, amadas, desejadas, exaltadas. Mas não querem servir, amar, desejar e exaltar outras pessoas. Aliás, normalmente nem sequer se importam com outras pessoas, preocupadas demais consigo mesmas, em satisfazer os próprios caprichos, envoltos em seus próprios problemas. Algumas vezes, por absoluta falta de amor: são indiferentes às necessidades alheias. Mesmo que possam ajudar, não o fazem por absoluta falta de vontade. Ou coragem, porque muitas vezes temos medo de ajudar outras pessoas. Medo de sermos explorados, de não recebermos a recompensa que julgamos justa, certa e natural.
         A sociedade reforça a nossa mesquinharia e egocentrismo: ganhar, e ganhar sempre. Não fazer absolutamente nada de graça. Cobrar por absolutamente tudo. Associamos a perda ao fracasso. E o lucro ao sucesso. O sucesso, por sua vez, é (erradamente) associado à felicidade. "Felizes", pensamos, "são aqueles que são um sucesso". De longe se vê que nem sequer sabemos o que é felicidade. E procuramos por ela tateando no escuro... E enquanto não a encontramos, amargamos e nos amarguramos com as (nefastas) conseqüências de nossos atos.
         As pessoas tem medo de abrirem suas defesas. Medo de serem controladas, manipuladas. Medo de perderem mais do que se disporiam a dar. Você já ouviu a expressão: "a gente dá um dedo, e querem a mão"? Pois é. Por aí vai...
         Uma vez eu li uma frase que é atribuída a um ganhador de Prêmio Nobel:"nós deveríamos ter duas vidas: uma para aprender a viver, e outra para efetivamente viver". Infelizmente, ainda que os adeptos da teoria da Reencarnação insistam que as almas possam ir e voltar num constante processo de aperfeiçoamento, os fatos depõem contra esta teoria, porque o mundo tem mudado sim, mas pra pior...
         A solidão é o resultado, a conseqüência da excessiva preocupação da pessoa consigo mesma.
         É uma ironia, um sarcasmo, um paradoxo da existência humana: quanto mais nos preocupamos conosco mesmo, mais infelizes seremos.
         O resultado de tudo isto é que temos uma sociedade enferma, deprimida, e... solitária. Buscando desesperadamente essa alguma coisa chamada "felicidade"na satisfação de seus próprios caprichos e desejos, na realização de seus sonhos... Mas, uma grande frustração ataca as pessoas que conseguem realizar seus sonhos, ou a quem consegue satisfazer seus caprichos e desejos. A Bíblia conta um caso desses em II Samuel capitulo 13.
         Existe uma coisa chamada "lei da semeadura, que está ao longo de toda Bíblia. Só as coisas ruins e tristes são colhidas sem que haja semeadura, porque a erva má não precisa ser plantada, e cresce em qualquer lugar...
         O que é bom precisa ser plantado, cuidado, regado para que possamos colher. O que é ruim, a gente colhe sem plantar... É o caso da solidão. Se você não fizer nada contra ela, ela vem e se instala dentro de você.
         Precisa lutar contra isto. E não basta ter muitos companheiros de farra e festas para que a gente deixe de ser solitário.
           Solitárias são aquelas pessoas que não conseguem se dar e nem se doar. Tudo que fazem, o fazem para si mesmas. E somente fazem o que lhe dará um retorno, uma volta, um troco (Mt.6). E jamais fazem algo sem que isto lhes dê lucro. Pensar "o que é que vou ganhar com isto?" é uma receita infalível para ser acometido pela solidão.
         Você já reparou como a maioria absoluta das pessoas que conhecemos, os programas da TV, as propagandas, os filmes e as novelas, as conversas das rodas sociais sempre giram em torno do próprio prazer, da própria diversão?
         Nunca (ou quase nunca) tais conversas giram em torno da satisfação, do alívio, da alegria, da felicidade que podemos proporcionar a outras pessoas. É a viagem de férias, a festa tal, o carro novo, e tudo o mais que gira em torno de si mesmo.
         A sociedade moderna é altamente egocêntrica, individualista: somos treinados, induzidos, dirigidos a não nos preocuparmos senão conosco mesmo. A pensar que sempre haverão outras pessoas mais preparadas, mais santas, mais abençoadas para fazerem a obra de Deus. Somos ensinados, preparados, induzidos a sermos imediatistas: o retorno tem que ser já, agora. Queremos as coisas prontas e acabadas; como nas prateleiras de um supermercado. E assim nós não nos dispomos a semear e esperar a colheita. Um ciclo vicioso, maldito e destrutivo se forma: esperamos a colheita do que não semeamos; não semeamos porque não queremos nos dispor das boas sementes (tempo, carinho, atenção, dinheiro, companhia, sacrifício, amor); e também porque não queremos esperar o tempo que a colheita exige. E como conseqüência nós, cada vez mais, nos fechamos em torno de nós mesmos...
         Bom, detectada está a origem da solidão. Assim, passemos à segunda parte do presente estudo: a cura.
         É importante que se coloque que você tem todo o direito de discordar de minhas colocações. O que está aqui não pretende esgotar a discussão. Mas é apenas o modo como eu vejo as coisas. Deus me perdoe se estiver errado.
         Não existe uma formula infalível, uma receita mágica e instantânea para a cura. Mas posso afirmar com absoluta certeza de que isto depende da disposição interior de cada um em querer quebrar o ciclo vicioso que envolve todos nós. Isto é, temos que começar a deixar de nos preocuparmos tanto conosco mesmos, e começar a nos preocupar com as pessoas que estão à nossa volta. É necessário que um sentimento de compartilhamento, de doação, de envolvimento, de engajamento, de desprendimento com as coisas materiais tome conta de nós. Temos que estar dispostos a começar a servir, sem esperar retorno. Temos que permitir que o sentimento de felicidade tome conta de nós pelo simples fato de estarmos fazendo outras pessoas felizes. E não o sentimento de frustração porque essas pessoas não nos agradecem, nem nos exaltam pelo que fizemos.
         Temos que nos colocar à disposição para dar um pouco de alívio ao sofrimento alheio. E isto com nossas palavras, nosso dinheiro, nosso trabalho. Muitas vezes apenas com a nossa companhia, uma palavra de conforto ou de consolo.
         Solitários são aqueles que agem como se fossem poços com um pouco de água lá no fundo. Felizes são aqueles que agem como se fossem nascentes, fontes de água que estão sempre a jorrar água que sacia a sede e dá vida à terra. Estão sempre a proporcionar e transmitir vida, alegria, conforto, alívio ao sofrimento humano.
         Os mais conservadores vão ter que me perdoar, mas vou me utilizar de uma figura da filosofia oriental para transmitir a exata proporção do que quero transmitir. Conta-se que um jovem perguntou a um sábio o que era o céu. E ele respondeu que era um lugar onde as pessoas estavam separadas do arroz por um lago cheio de animais ferozes, enormes e vorazes. O arroz estava numa ilhota no centro desse lago. E as pessoas se utilizavam de longos pauzinhos para alcançar o arroz, e o colocavam na boca uns dos outros. E assim todos ficavam fartos.
         Então o jovem perguntou o que era o inferno. E o sábio respondeu que era também um lugar onde as pessoas estavam separadas do arroz por um lago cheio de animais enormes, ferozes e vorazes. E as pessoas se utilizavam de longos pauzinhos para alcançar o arroz que buscavam colocar na própria boca. E não conseguiam. O arroz caia no lago, e todos padeciam fome.
         Jamais seremos felizes sozinhos. A nossa felicidade depende da felicidade dos que convivem conosco. Somos felizes à medida em que são felizes aqueles que convivem conosco.
         Seremos felizes quando deixarmos de buscá-la somente para nós e a buscarmos para outros. Ela nos encontrará quando e enquanto estivermos servindo a Igreja, aos irmãos, ao Senhor Jesus.
         Ela nos encontrará quando deixarmos de nos preocuparmos unicamente com a nossa própria mesquinharia, nosso próprio egocentrismo, nosso próprio prazer e diversão.
          Os apóstolos de Cristo foram apedrejados, serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (Heb.11), mas não se ouviu queixa de suas bocas. Porque eram felizes.
Libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça (Rom 6:18)  Takayoshi Katagiri

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Se reuníssemos, hoje, 10 mil dos maiores pregadores do Evangelho em certo local e déssemos a cada um deles uma folha de papel com um lápis, pedindo-lhes que explicassem, sucintamente, o que é fé, provavelmente teríamos muitas respostas iguais e, certamente, muito poucos dariam a resposta certa. Fé é a coisa mais mal-entendida na face da Terra. Mesmo os maiores líderes evangélicos não sabem explicar, corretamente, o que ela significa. Uma vez, estava reunido com cinco pastores e disse-lhes: "Irmãos, poderiam me explicar o que significa fé? Pois, afinal de contas, sendo pregadores do Evangelho, a nossa missão é fazer a fé nascer e se desenvolver no coração das pessoas". Eles se entreolharam, abaixaram a cabeça e nenhum deles se aventurou a dar tal explicação. Eu insisti, e um deles tomou coragem e disse: "Missionário, fé é quando a gente crê muito". Ele estava complemente enganado. Fé não é crer, e crer não é fé. É interessante notar que em todo o Velho Testamento, que levou mais ou menos 1.500 anos para ser escrito, só existem duas referências à fé. Uma delas está em Deuteronômio 32.20, que aparece, como fé, somente em algumas traduções, mas que tem o sentido de fidelidade, ou lealdade. A outra se encontra em Habacuque 2.4, onde realmente significa fé. Isso nos chama a atenção, que o pessoal do Velho Testamento não sabia o que era fé. Apesar de a possuírem e a usarem. Foi Jesus quem começou a ensinar sobre a fé. Ele dizia a certas pessoas que a fé que tinham as havia curado, e a outras Ele recomendava que tivessem fé em Deus. Fé? O que é fé? O povo perguntava e Jesus respondia: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá — e há de passar; e nada vos será impossível (Mt 17.20). Hoje, quase 2 mil anos já se passaram e ainda a maioria do povo não sabe o que é fé; nem mesmo aqueles que têm obrigação de saber, como os pregadores, a compreendem. Mas, por quê? Porque não ouvem a Palavra. Procurar o significado da fé em Deus nos dicionários também não ajudará. Os seus autores não leem a Bíblia e, se o fazem, não se inclinam a aprender com o Senhor. É triste ter de fazer a mesma crítica aos nossos seminários e faculdades de teologia. Alguns estão até se excedendo, ensinando filosofia, métodos de persuasão, lições de marketing, etc. Mas, no discernimento espiritual, deixam muito a desejar. O Espírito Santo nos revela o que a fé é. Em Hebreus 11.1, Ele diz: Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem. Então, para a fé só há estas duas definições. Se houvesse a terceira, certamente o Senhor nos teria revelado. Mas, como se recebe a fé? Em Romanos 10.17, está a fórmula: De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. A fé é recebida quando uma pessoa ouve a Palavra, o que é diferente de escutar. Ouvir a Palavra é escutar e dar ouvidos — atender, praticar, aceitá-La como Senhora. Escutar é gostar, achar bonita e não se submeter a Ela. Então, quando alguém ouve a Palavra, surge dentro dele, no seu espírito, uma certeza de que aquela bênção, aquilo que a Palavra está a falar lhe pertence. Isto é fé. Esta certeza também é a prova de que nós já temos a bênção. Falta só reivindicá-la, tomando posse dela. Ela é como uma escritura de propriedade. Quem recebe a fé pode crer que já tem a bênção, pois a fé é a certeza das coisas que se esperam.

domingo, 4 de setembro de 2016

Vida cristã além dos jargões e clichês


A vida cristã necessita ir além dos jargões e clichês que são produzidos e reproduzidos ao longo da história eclesiológica. Os jargões são terminologias técnicas ou dialetos comuns a uma atividade ou grupo específico, e são normalmente utilizados em grupos profissionais ou socioculturais. Nos guetos evangélicos não é diferente. Temos nossos jargões, expressões ou frases que são sempre utilizadas para aconselhar, confortar ou encorajar alguém. No entanto, esses jargões que utilizamos e falamos a torto e a direito por aí, não resolvem e nem sequer colaboram para a resolução dos problemas da vida moderna. Os crentes adoram utilizar essas expressões para tratar dos problemas dos outros, mas têm certeza de que essas expressões de nada valem e sempre ficam irritados quando esses jargões são ditos a eles. Para bem da verdade, o grande problema desses jargões é que, em sua maioria, denotam a falta de profundidade teológica, as heresias e egoísmo presentes no ambiente evangélico. Particularmente, tenho um sério problema com os jargões evangélicos. É como se meu ouvido doesse cada vez que um jargão evangélico fosse pronunciado. É por isso que considero importante analisar e porque não criticar o absurdo que denotam alguns desses jargões evangélicos. Vamos lá!

“A oração é alavanca que move a mão de Deus”
Também tem sua variação como sendo “a fé a alavanca que move a mão de Deus”. Esse jargão parece verdadeiro e inofensivo, mas basta uma análise um pouco mais minuciosa para ver como ele é falso e até satânico. Em primeiro lugar, se há algo que um ser humano possa fazer para que Deus se lembre ou faça algo em seu favor, isso anula a graça de Deus e exalta a meritocracia. Não é por causa de uma oração, um sacrifício ou uma oferta que Deus abençoa o homem. Ele o faz por causa da sua graça, da sua misericórdia e do seu amor.  Em segundo lugar, esse jargão é herético uma vez que pressupõe uma posição estática em Deus. É praticamente como dizer que Deus está sentado, quase cochilando no trono, apenas esperando que alguém manifeste fé, para que ele aja em favor daquela pessoa. Oramos nunca para mover a mão de Deus, mas sempre para sermos por ela movidos. Deus não é relutante nem vagaroso em responder orações, muitas vezes Ele está apenas aperfeiçoando o nosso caráter.

“Tomar posse da benção”
Isso é um típico jargão da confissão positiva, parte da teologia da prosperidade. É uma interpretação totalmente equivocada do texto de Hebreus 11, onde os teólogos dessa teologia sustentam que a benção deve ser visualizada e em seguida deve-se tomar posse da benção, que já foi concedida e está incubada ou arquivada, esperando apenas a movimentação do crente. Uma enorme heresia que não tem base nenhuma no antigo e muito menos no novo testamento. Você não precisa “tomar posse da benção”, afinal, “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:12). Ou seja, Ele é quem outorga poder.

“Buscar a face do Senhor”
Esta é uma expressão complicada e ao mesmo tempo muito utilizada. É praticamente impossível alguém que seja cristão evangélico a mais de dois meses e nunca a escutou. Lembro-me de, certa vez, ter perguntado a um amigo neopentecostal como se fazia para buscar a face de Deus. Ele me explicou de uma maneira muito simples: “eu me tranco no quarto, coloco um louvor pra tocar e fico ali orando por horas se preciso for”. No final tive vontade de perguntar a ele: “e assim você consegue achar?”. Sinceramente, a leitura dos evangelhos nos mostra que Jesus deixou uma lição muito bonita e singela, de que a melhor maneira de buscar a face de Deus é olhando para o próximo. Se não descobrirmos a face de Deus no rosto de nossos familiares, amigos, irmãos, patrões, moradores de rua e etc., jamais a encontraremos dentro de nós ou em outro lugar. Deus não existe fora do outro. (Gênesis 33:10 – 1 João 4:20)

“O melhor de Deus ainda está por vir” 
Eu não sei o quê esse povo ainda espera de melhor, sendo que Deus “não poupou a seu próprio Filho, antes o entregou por todos nós” (Romanos 8:32b). O melhor de Deus é Jesus Cristo e, portanto, o melhor de Deus já veio. Muitos declaram/cantam essas palavras pensando em bênçãos terrenas, materiais e um conforto que ainda está por vir da parte de Deus, quando, na realidade, Deus já “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3). O melhor de Deus já veio, Cristo Jesus, e se buscarmos nele alegria e satisfação, viveremos também contentes em toda e qualquer situação.

“Entrar na presença de Deus”
Fico a pensar qual é o ser humano que não esteja na presença de Deus e que por isso seja necessário “adentrá-la”. Seria o ateu? O agnóstico?  O muçulmano? Ou o crente que está em pecado? O que define isso? De onde arrancaram essa ideia? Se de fato cremos que Deus é onipresente, é evidente que tudo e todos estão na presença Dele.

“Dar base legal para o inimigo agir”
“Cuidado, fazendo isso você vai estar dando base legal para o inimigo agir na sua vida!” Já perdi as contas de quantas vezes ouvi isso, exatamente assim, com todos os gerúndios que escrevi.  Confesso que durante um breve tempo da minha vida tomei todos os cuidados para que minhas ações fossem sempre extremamente e moralmente corretas, para de maneira nenhuma dar brecha para o diabo. Até que finalmente compreendi que o sangue de Cristo me purifica de todo o pecado e mais, que toda maldição que veio ou poderia vir sobre minha vida foi cravada na Cruz. A suficiência da cruz de Cristo é a simples verdade que pode modificar nosso modo de viver.

Com esses apontamentos, minha intenção não é ridicularizar ou menosprezar quem utiliza essas expressões. Na verdade, minha intenção é alertar para que de maneira nenhuma o nosso modo de seguir a Cristo se resuma a expressões vazias e sem sentido nenhum, mas sim que o dia a dia de discípulo se transfigure em espiritualidade voltada para o amor, a paz e a justiça do Reino de Deus. Insisto ao dizer que a vida cristã necessita ir além dos jargões e clichês que são produzidos e reproduzidos ao longo da história eclesiológica. Que vivamos todos os dias para honrar e glorificar o nome de Deus e para sinalizar o reino Dele de maneira efetiva no mundo!

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