sábado, 20 de agosto de 2016

Sobre o Voto Livre e Consciente

Não sou apolítico, sou servidor público que sirvo aos interesses partidários, ou seja, sou cidadão votante. O apolítico é o indivíduo que tem aversão à política, não segue, não acredita, não se posiciona a nada que se relaciona com política. Também não sou Político, pois não me ocupo de política para me relacionar com a vida social de uma coletividade; não sou estadista.

Estamos às vésperas das eleições municipais, quando teremos mais uma vez o direito de votar, exercendo plenamente a nossa cidadania. Bem, com toda essa liberdade democrática que temos e os cuidados da justiça brasileira, ainda há muita falta de conscientização por parte do eleitorado. No meio da nossa população, em todo o país, há ainda muitos eleitores incautos. O voto deve ser livre, consciente e secreto. Se for diferente disso, fere a democracia.

Votar Livre e Consciente. 
Isso ocorre quando o eleitor consciente da sua cidadania, após analisar minuciosamente a vida dos possíveis candidatos (caráter, história, vida pregressa, etc.), suas propostas (metas, plano de governo, valores éticos, idealismo político, etc.), vai à urna sem se deixar manipular por ideias de terceiros e nem tão pouco se vender por propostas mirabolantes. 

Esse deveria ser o único tipo de voto aceitável, mas, infelizmente não é assim que acontece. Veja outras maneiras ERRADAS de votar:


Votar por Protesto.  Quem assim faz, vota por votar, pois diz que todos os candidatos são iguais. Tanto faz “escolher” a candidato um animal “famoso” de um zoológico da cidade como um comediante de programa humorístico de TV.

Votar por Manipulação. Quem assim vota, não é consciente de seu papel de cidadão e não faz bom uso da liberdade de escolha. Deixa-se levar pelos números de pesquisas, por propagandas de marqueteiros, por ideias forjadas acerca de candidatos que nem conhecem.

Votar por Procuração. A pessoa que assim age, vota em candidato que nunca viu e nem sabe sua procedência, apenas pela indicação de um parente, de um amigo ou de um vizinho.

Votar por Chantagem.  O eleitor que já recebeu alguns benefícios ou favores de candidatos sente-se reféns na época da eleição, tendo que se submeter à imoral chantagem de “dar o retorno” em forma de apoio e de voto(s).

Votar por Corporativismo. Corporativismo é o agrupamento das classes. O ato de votar dos evangélicos e/ou dos católicos pode ser corporativista, se os líderes religiosos (pastores, padres) orientarem (ou obrigarem) seus fieis a votarem em seus candidatos. Se os sindicatos da CUT e organizações correlatas (outro setor que fomenta o voto coorporativo), indicarem “Fulano de Tal” como candidato, que palavra se daria a essa ação a não ser corporativista.

Votar por Compra. É votar em troca de dinheiro, através de cabo eleitoral ou diretamente entre candidato e eleitor. Antes de ser um ato nojento, se constitui um crime.

Votar por Estética. Quem vota assim, vota simplesmente pelo visual (“ele é bonito...”, “ela tem presença de palco...”, “Ele pratica esporte, é sarado...”). Esse tipo de voto nos faz lembrar o “caçador de marajás” das Alagoas (o ex-presidente Fernando Collor). Quem assim vota talvez faça um trocadilho entre “valores éticos” e “valores estéticos”.

Votar por Religiosidade. É votar em alguém que pertence a alguma comunidade cristã, baseado simplesmente no conceito de que “irmão vota em irmão”. Mas se esse “irmão” não tem nenhuma proposta política viável, não tem uma vida de conduta moral plausível, não tem capacidade de representar o seu segmento religioso?

Votar por Ilusão.  Aquele que assim faz, é levado pela ilusão da promessa de um cargo, de um emprego, um carro, uma casa, etc.

Votar por Tradição. É votar em um candidato que usa algum grau de parentesco para se eleger. “Vote em 'Betraninho', filho do senador Beltrano”, “vote em ‘Sperta’, esposa do deputado Sicrano”, “vote em ‘Conti Nuísta’, irmão do prefeito Fulano”…

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