Cremos
na existência de seres espirituais superiores à raça humana, que foram criados
por Deus antes da criação do homem, (Cl 1:16), o que afasta a crença atual de
que são espíritos de falecidos. O próprio Cristo freqüentemente se referia a
eles. O número destes seres é incontável (Hb 12:22) sendo, todos eles,
assexuados (Mt 22:30; Mc 12:25). Deus os criou com bons propósitos e, tal como
os homens, os espíritos são donos de vontade e personalidades próprias.
Assim
como existem homens bons e maus, também existem espíritos que preferiram ser
bons e outros que preferiram ser maus. Aos bons, a Bíblia se refere como
“anjos”. Aos maus, como “demônios”. Os bons não tem auréolas e alguns não tem
asas e os maus não têm chifres e nem rabos. Em poder e conhecimento são
inferiores a Deus e superiores aos homens, o que quer dizer que não existem
espíritos que precisam da ajuda humana para obterem luz, como ensina o
espiritismo. Os anjos cultuam ao Filho (Hb 1:6) e não admitem que os homens lhe
prestem culto (Cl 2:8; Ap 22:8-9) ao contrário dos demônios que se fazem adorar
em centros, terreiros e outras seitas hereges.
Aos
anjos compete nos socorrer. Eles tiveram, inclusive, o privilégio de assistir
“o Filho do Homem” quando Ele estava aqui na terra (Mt 4:11; 26:53; Mc 1:13; Lc
4:10; Hb 1:14). Conduzem os homens ao bem estar do além-túmulo (Lc 16:22) e,
durante a vida, vão adiante dos homens para os guiar, proteger e libertar (Gn
24:7; Ex 14:19; 23:20-23; II Cr 32:21-22; Dn 3:28; 6:22; At 5:19; 11:7-11). Os
anjos comunicam aos homens, da parte de Deus, ordens, promessas, avisos e
repreensões (Gn 16:9-12; 19:22; Nm 22:11-18 ; Jz 2:1-5; 6:11-24; II Sm
24:16-17; I Cr 21:15-30; I Rs 19:5-7; Mt 2:13; 28:2,5; At 8:20; 10:3-6 ;
11:13-14; 27:23-24).
Futuramente,
os anjos virão tocando a trombeta na volta de Jesus (Mt 16:27; 24:31; 25:31; Lc
9:26; II Ts 1:7) e reunir os escolhidos (Mc 13:27).
Quanto
aos anjos caídos ou demônios, são referidos em II Pe 2:4; Jd 6 como estando
reservados para o juízo. Pertencem ao diabo (Mt 25:41) e para eles está
preparado o lago de fogo.
Não
lhes é permitido separar os salvos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38). Serão
derrotados pelo arcanjo Miguel e seus anjos (Ap 12:7-9) e os próprios crentes
os julgarão (I Co 6:3).
Satanás,
o diabo é o líder dos anjos caídos (Ez 28:13-17). O nome “satanás” vem do
hebraico e significa “adversário”, declarando sua total oposição aos salvos.
Tem poder de atuar sobre os incrédulos (Ef 2:2) colocando-os sob controle (I Jo
5:19; Lc 4:6; Jo 12:31; 14:30). Os descrentes estão sujeitos a ele (At 26:18),
cegos por ele (II Co 4:4) e enganados por ele (II Co 11:13-14). Ele é mentiroso
e homicida por essência (Jo 8:44) e tem poder da morte sobre os seus súditos
(Hb 2:14).
O
salvo é liberto da sua escravidão (Cl 1:13), mas não da sua tentação (At 5:3; I
Co 7:5), sendo que o diabo não se furtou de tentar próprio Cristo (Lc 4:1-13).
Ataca os crentes com dardos inflamados (Ef 6:16), enreda com estratagemas sutis
(I Tm 3:7; II Tm 2:26; Ap 20:3) e desmoraliza com maledicência (I Tm 5:14-15).
A palavra “diabo” (grego diabolos) significa “acusador” e a sua intenção é
devorar, derrotar e peneirar os discípulos de Cristo (Jó 1:12; I Pe 5:8; Lc
22:31). Satanás e seus anjos caídos sucumbiram diante de Cristo (Lc 10:18; Jo
12:31) e logo esta vitória na Cruz (Cl 2:15) será confirmada no esmagamento de
satanás (Rm 16:20), sendo primeiramente lançado no abismo (Ap 20:2-3) e depois
no lago de fogo (Ap 20:11; Mt 25:41).
Juanribe
Pagliarin
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