“A quem tiver sede, de graça lhe darei a
beber da fonte da água da vida”
Apocalipse 21.6
O estarrecedor fenômeno da sede tem
rondado nosso planeta. Apesar de nosso lar espacial ser chamado Terra, bem
poderia ter sido chamado Planeta Água, pois esta representa 75% de seu volume.
Só o Brasil detém 12% das reservas mundiais de água doce, das quais, 72% são
produzidas pela bacia amazônica.
Dizem os prognósticos que o suprimento
mundial de água doce pode ser esgotado em cerca 50 anos, se for continuado o
seu uso irresponsável. Hoje o ser humano consome 54% de toda a água doce
disponível no mundo, número que cresce, evidentemente, com a passagem dos anos.
Se for levado em conta o crescimento populacional, dentro de 25 anos estaremos
usando 90% de toda a água doce, e dois terços da humanidade estarão passando
sede.
No entanto, o que nos chama a atenção
é a manifestada sede do transcendental, do eterno: o anseio por Deus, como
claramente expressou o livro do Eclesiastes 3.11: “(Deus) pôs na mente do homem
a idéia da eternidade”.
Isso explica porque a alma clama
(literalmente, “grita”) por Deus. A expressão do salmo dos filhos de Core foi
“A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!” (Sl 42.2). Davi, o rei-poeta,
anelando pela face de Deus implorava,
“Ó
Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a
minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água” Salmos 63.1 e, ainda “A ti estendo as minhas
mãos; a minha alma , qual terra sedenta, tem sede de ti” Salmos 143.6.
Agostinho, pastor da igreja de Hipona
no norte da África, declarou que nós fomos criados por Deus e para Deus, de tal
maneira que só podemos achar conforto e descanso quando nEle descansarmos. O
anseio por Deus está expresso na busca do que é espiritual. É uma sede
insaciável, terrivelmente insaciável se procurarmos resolvê-la fora de Deus.
Essa é a necessidade do ser humano, o
que implica numa responsabilidade nossa, um grave e seriíssimo cometimento.
Apesar de a ânsia da eternidade se
encontrar no coração humano, apesar da fome e sede pelo transcendental, o homem
está atônito: ele busca, ele pesquisa, ele anela, ele é arrastado pelos cantos
de sereia ou por qualquer coisa que pareça tornar possível a concessão do
segredo da felicidade e do descanso. Coitado dele! E ai de nós se falharmos em
mostrar-lhe o caminho verdadeiro e vivo!
Ansioso por resolver seu problema, o
poeta no Salmo 42.2 pergunta com uma ponta de dor e pressa: “quando entrarei e
verei a face de Deus?” É nosso dever mostrar a esse coração sedento a face de
Deus em Jesus Cristo, Seu Filho, nosso Salvador. Foi Ele quem o revelou ao
dizer, “Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (Jo 7.37). Anteriormente,
já havia falado à mulher samaritana e lhe dissera,
"Se
tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe
terias pedido e ele te haveria dado água viva" João
4.10. Bom é saber que tudo isso é absolutamente de graça! De graça, mas não foi
barato: custou o sacrifício de Jesus Cristo, o mesmo que continua a dizer: “A
quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida”. Apocalipse 21.6.
Tem sede? Venha a Cristo!
Pr. Walter Santos Baptista
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