“Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer que
a sua alma goze do bem do seu trabalho”. (Ec. 2:24); “Goza
a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã”. (Ec. 9:9)
Como é ruim estar perto de alguém murmurando; nada está bom, tudo é
complicado, e pior é que quando vê alguém feliz tenta arrumar alguma manchinha
para amenizar a felicidade do outro.
Infelizmente alguns cristãos vêm a Deus, o Pai do nosso Senhor Jesus, desta
forma! O irmão pensa que ser santo é viver emburrado, com a cara feia. Já ouvi
até a expressão: “Profeta não ri”.
Lembrei-me de Martinho Lutero que antes de conhecer a graça salvadora, fazia
jejuns prolongados, dormia no chão frio despido. Isso não é santidade, mas
farisaísmo! Austeridade não é sinônimo de santidade, mas uma visão distorcida
do caráter de Deus.
Tiago nos diz: “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg.
1:17). A palavra “dom” tem como significado “presente”. O
pregador em Eclesiastes inspirado pelo Espírito Santo nos disse que é bom para
o homem. O dom perfeito de Deus: comer, beber, se divertir, e namorar bastante
sua ESPOSA ou MARIDO. Tem gente que é tão ascético que só tem relação íntima
com sua esposa para procriação! Não come uma
pizza porque faz mal! Uma das maiores virtudes na vida é o equilíbrio!
Grande parte das pessoas que pregam uma “santidade” por meio de uma rigidez
exacerbada tem um caráter sectário ou uma teologia desalinhada com a palavra de
Deus. Muitos dizem que recebem “revelações”, e por meio desta persuasão vinda
de sua mente carnal, colocam um julgo nas costas de seus seguidores (Cl. 2:18).
Dizem: “não faça isto”, “não coma aquilo”, “guarde este dia”, “sexo só desse
jeito”; “não pode isso ou aquilo porque é oriundo do paganismo”. Pensamentos
mundanos segundo preceitos de homens, que não tem nada haver com a palavra de
Deus (Cl. 2: 20-23).
Deus é o criador, ele quem colocou o amor “eros” (grego “erótico) pela
sua esposa ou marido (tudo com consentimento mútuo). Por mais que a palavra “eros”
não esteja nos manuscritos originais, é impossível não associar a mesma com o
livro de Cantares! O homem e a mulher sente sim desejo sexual um para com o
outro, e Deus não brinca com a vontade das pessoas. A fome e o desejo de comer
uma comida gostosa, tomar um refrigerante geladinho, quando essas coisas são
feitas com discernimento e moderação são benção de Deus! Nossa alma se alegra!
O Senhor Jesus gostava de festa; comia, bebia, vivia em comunhão, tanto é que
foi chamado de “comilão e beberrão” (injustamente). Ilustrou com uma
“churrascada” o retorno do filho pródigo; comemorou a salvação de Zaqueu em um
jantar; firmou a nova aliança em uma mesa com pão e vinho, símbolos da graça de
Deus. E por fim, celebrará sua vitória por meio de um casamento entre o noivo
(Jesus) e a noiva (igreja), em uma festa com música, comes e bebes.
Desfrute com sabedoria e moderação do que Deus lhe concedeu, pois está escrito:
“não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer que a sua alma
goze do bem do seu trabalho. Vi que também isso vem da mão de Deus”.
(Ec. 2:24)!
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