domingo, 23 de junho de 2013

Um Deus estraga prazer



Não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer que a sua alma goze do bem do seu trabalho”. (Ec. 2:24); “Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã”. (Ec. 9:9)

        

          Como é ruim estar perto de alguém murmurando; nada está bom, tudo é complicado, e pior é que quando vê alguém feliz tenta arrumar alguma manchinha para amenizar a felicidade do outro.



          Infelizmente alguns cristãos vêm a Deus, o Pai do nosso Senhor Jesus, desta forma! O irmão pensa que ser santo é viver emburrado, com a cara feia. Já ouvi até a expressão: “Profeta não ri”.



          Lembrei-me de Martinho Lutero que antes de conhecer a graça salvadora, fazia jejuns prolongados, dormia no chão frio despido. Isso não é santidade, mas farisaísmo! Austeridade não é sinônimo de santidade, mas uma visão distorcida do caráter de Deus.



          Tiago nos diz: “toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação” (Tg. 1:17). A palavra “dom” tem como significado “presente”. O pregador em Eclesiastes inspirado pelo Espírito Santo nos disse que é bom para o homem. O dom perfeito de Deus: comer, beber, se divertir, e namorar bastante sua ESPOSA ou MARIDO. Tem gente que é tão ascético que só tem relação íntima com sua esposa para procriação! Não come uma pizza porque faz mal! Uma das maiores virtudes na vida é o equilíbrio!



          Grande parte das pessoas que pregam uma “santidade” por meio de uma rigidez exacerbada tem um caráter sectário ou uma teologia desalinhada com a palavra de Deus. Muitos dizem que recebem “revelações”, e por meio desta persuasão vinda de sua mente carnal, colocam um julgo nas costas de seus seguidores (Cl. 2:18). Dizem: “não faça isto”, “não coma aquilo”, “guarde este dia”, “sexo só desse jeito”; “não pode isso ou aquilo porque é oriundo do paganismo”. Pensamentos mundanos segundo preceitos de homens, que não tem nada haver com a palavra de Deus (Cl. 2: 20-23).



          Deus é o criador, ele quem colocou o amor “eros” (grego “erótico) pela sua esposa ou marido (tudo com consentimento mútuo). Por mais que a palavra “eros” não esteja nos manuscritos originais, é impossível não associar a mesma com o livro de Cantares! O homem e a mulher sente sim desejo sexual um para com o outro, e Deus não brinca com a vontade das pessoas. A fome e o desejo de comer uma comida gostosa, tomar um refrigerante geladinho, quando essas coisas são feitas com discernimento e moderação são benção de Deus! Nossa alma se alegra!



           O Senhor Jesus gostava de festa; comia, bebia, vivia em comunhão, tanto é que foi chamado de “comilão e beberrão” (injustamente). Ilustrou com uma “churrascada” o retorno do filho pródigo; comemorou a salvação de Zaqueu em um jantar; firmou a nova aliança em uma mesa com pão e vinho, símbolos da graça de Deus. E por fim, celebrará sua vitória por meio de um casamento entre o noivo (Jesus) e a noiva (igreja), em uma festa com música, comes e bebes.



          Desfrute com sabedoria e moderação do que Deus lhe concedeu, pois está escrito: “não há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer que a sua alma goze do bem do seu trabalho. Vi que também isso vem da mão de Deus”. (Ec. 2:24)!

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