sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A samaritana e o bramido da corça



"Assim como a corça brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti ó Deus”. Sl 42:1.

A corça é um animal de pequena estatura, arisco e de costume migratório. E uma característica interessante: a corça não suporta o confinamento. É um animal dotado de olfato privilegiado que lhe possibilita sentir cheiro de água a quilômetros de distância. É capaz ainda de perceber, metros abaixo da superfície, a existência de um lençol de água.

Em regiões desérticas da África e do Oriente Médio, empresas construíram quilômetros de aquedutos sob a superfície terrestre. E as corças sedentas, ao pressentirem a água jorrando pelo interior dos dutos, correm por cima das tubulações na tentativa de encontrarem a nascente, ou então um possível local por onde essas águas pudessem ser alcançadas. A sede de Davi, pelo Senhor era comparada ao anseio de uma corça pelas águas.

Como é que a corça suspira e anseia pelas águas? É com desespero. Gritando, correndo, buscando, farejando. Com sede. Com olfato privilegiado para localizar a fonte certa. Continuamente, todos os dias. Não se permitindo acomodar e fugindo do confinamento. A corça pode ser encontrada facilmente junto às margens dos rios, é um ambiente seguro para fugir de seus predadores. A água é para a corça: vida, proteção.

 "Bem aventurado os que têm fome  e sede de justiça, porque eles serão fartos" Mt 5:6.
A visão de justiça que o homem tem, é rasa. Não vai além do que os olhos podem ver. O símbolo do Direito, que rege as condutas éticas da nossa sociedade, se apresenta com uma tarja sobre os olhos e uma balança nas mãos. A interpretação é de que: a "justiça é cega, por não se permitir privilegiar pobre ou rico, mas todos, de igual modo. O mesmo peso e medida para todos os homem". Mas, essa justiça terrena, é falha. Apesar de seus esforços. O mundo vive em constante clamor e pavor, porque os tribunais "manquejam".

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