domingo, 4 de dezembro de 2011

O Trono de David


Deus desenvolveu o seu plano de redimir o homem por meio de uma série de promessas. Deus fez a primeira promessa de redenção no Éden, quando afirmou que o descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Mais tarde, as promessas feitas a Abraão, a Isaque e a Jacó revelaram mais pormenores acerca de seu plano.

Com o tempo, foi feita a Davi, o rei de Israel, uma grande promessa (2 Samuel 7; 1 Crônicas 17). Ele tinha decidido construir uma casa para Deus que substituísse a tenda que durante gerações tinha sido a morada de Deus na terra. Mas Deus disse a Davi: "Tu não edificarás casa para minha habitação... o Senhor te edificaria uma casa. Há de ser que, quando teus dias se cumprirem, e tiveres de ir para junto de teus pais, então farei levantar depois de ti o teu descendente, que será dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino.... O confirmarei na minha casa e no meu reino para sempre, e o seu trono será estabelecido para sempre" (1 Crônicas 17:4-14). Essa promessa começou a se cumprir em Salomão, o filho legítimo de Davi (1 Crônicas 22:6-10; 28:2-8). Mas a sua intenção final esperava um Filho de Davi maior, o qual se tornaria rei eterno. O plano de redenção de Deus estava vindo à tona.

Os profetas de Deus explicaram mais detalhes sobre a promessa dele. Isaías falou da deidade e do caráter do rei vindouro e da natureza pacífica e justa de seu reinado (Isaías 9:6-7; 11:1-16). Jeremias escreveu sobre sua integridade (Jeremias 23:5; 30:9; 33:14-16). Ezequiel descreveu esse "Davi" como um pastor que apascentaria seu povo (Ezequiel 34:23-24; 37:24-25).

Mas desde a promessa até o seu cumprimento foi um período muito tempestuoso. Deus tinha alertado a Davi: "Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade" (Salmo 89:30-32). Mas mesmo com a disciplina, Deus prometeu não violar o seu concerto nem deixar de cumprir a sua promessa (Salmo 89:33-34).

No reino do neto de Davi, Roboão, Deus tirou dez tribos da casa de Davi por causa da idolatria, mas preservou uma tribo por amor a Davi (1 Reis 11:32-39). O filho perverso de Roboão, Abias, também foi poupado por causa da promessa que Deus tinha feito a Davi (1 Reis 15:3-5). Três gerações depois, Judá sofreu durante todo o reinado de Jorão, o genro de Acabe, um dos reis mais perversos que existiram. Ainda assim, "o Senhor não quis destruir a casa de Davi por causa da aliança que com ele fizera, segundo a promessa que lhe havia feito de dar a ele, sempre, uma lâmpada e a seus filhos" (2 Crônicas 21:7).

A viúva de Jorão, Atalia, "destruiu toda a descendência real" (2 Reis 11), mas deixou um nenê que estava escondido no templo. Mais tarde, Deus redimiu o seu povo das mãos do poderoso exército assírio de modo espetacular (2 Reis 19:33-35). Embora do ponto de vista humano a promessa de Deus sempre parecesse estar por um fio, Deus jamais deixou de mantê-la segura.

Depois de algum tempo, a perversidade obrigou Deus a retirar os descendentes de Davi do trono. Ele disse: "Tira o diadema e remove a coroa; o que é já não será o mesmo; será exaltado o humilde e abatido o soberbo. Ruína! Ruína! A ruínas a reduzirei, e ela já não será, até que venha aquele a quem ela pertence de direito; a ele a darei" (Ezequiel 21:26-27).

Deus usou a Babilônia para destruir a sua nação. A perspectiva de um reino eterno por meio da linhagem de Davi parecia pouco promissora. Certo escritor lamentou: "Que é feito, Senhor, das tuas benignidades de outrora, juradas a Davi por tua fidelidade?" (Salmo 89:49). Num momento especialmente obscuro, emitiu-se um decreto "para que se destruíssem, matassem e aniquilassem de vez a todos os judeus, moços e velhos, crianças e mulheres, em um só dia" (Ester 3:13). Mas Deus interveio; sua promessa se manteve firme.

Deus havia prometido que da árvore cortada brotaria um renovo (Isaías 11:1). Tinha prometido reconstruir o tabernáculo caído de Davi (Amós 9:11-15). Havia predito que o reino não existiria mais até que chegasse aquele a quem pertencia (Ezequiel 21:27). Embora a perspectiva de cumprimento parecesse pouco promissora, homens corajosos, de fé, confiantes na promessa de Deus, esperaram a chegada do reino eterno do filho de Davi (Lucas 2:25, 38; 23:51).

Por fim, terminou o tempo de espera. Gabriel anunciou a Jesus: "Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim" (Lucas 1:32-33). Jesus Cristo, descendente de Davi, reina (veja Marcos 11:9-10; Lucas 1:68-71; Atos 2:25-36; 13:32-37; Romanos 1:3; 2 Timóteo 2:8; Apocalipse 3:7; 5:5; 22:16). Em Cristo, o tabernáculo caído de Davi foi reconstruído (Atos 15:14-18). Que privilégio maravilhoso compartilhar como cristãos do reino eterno do Filho de Davi, Jesus Cristo (Apocalipse 1:9).

Autor: Gary Fisher

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