quinta-feira, 18 de março de 2010

Obediência: Meio de Entrar na Vida Real

O melhor diagnóstico para a condição humana está "todo nas primeiras páginas do Gênesis", afirma o teólogo Nigel Cameron. Nessas páginas descobrimos de onde viemos,  qual é o nosso propósito e o que deu errado com o mundo.
Quando Deus criou os dois primeiros seres humanos, Adão e Eva,  estabeleceu um limite moral:"E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal,dela não comerás;  porque no dia em que delascomeres, certamente morrerás".(Gn.2,16-17). Adão e Eva eram livres para acreditar em Deus e obedecer a sua lei, ou desobedecê-lo e  sofrerem as consequências. Essa mesma escolha confronta cada pessoa no decorrer da história.

Obediência a Deus não é uma questão de seguir regras arbitrariamente impostas por um mestre severo. Mas um meio de entrar na vida real, uma vida cheia de significado e propósito:"Vês aquí, hoje te tenho prposto a vida e o bem, e a morte e o mal...escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" (Dt.30,15-19).
A obediência também não é apenas sobre ações externas. Mas uma reação interna a Deus como um ser pessoal; é a escolha de conhecer e amar "o Senhor teu Deus de todom o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder" (Dt.6,5). No âmago dos mandamentos de Deus não está um conjunto de princípios ou uma lista de expectativas, mas a essência de um relacionamento. Somos feitos para amar a Deus com todo o nosso ser.
Para criar seres pessoais capazes desse tipo de relacionamento, contudo,  Deus teve de dotá-los com a capacidade de escolha. Esses seres não são marionetes humanas penduradas em cordões celestiais, mas agentes moralmente importantes capazes de alterar o curso da história com as opções que fazem.
Isso não implica que a Bíblia endosse a noção contemporânea de "escolha" autônoma mediante a qual tudo quanto eu tenha escolhido torna-se certo em virtude de tê-lo feito. A Bíblia nos ensina que existe um Deus santo cuja lei se constituiim padrão válido, transcendente e universal de certo e errado. Nossa escokha não altera sob nenhum aspecto esse padrão; nossa escolha simplesmente determina se o aceitamos, ou o rejeitamos, sofrendo, por isso, as consequências.

Texto extraído do livro: "E agora, como viveremos?"

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