quarta-feira, 31 de março de 2010

Amém!

“Alguém houve que, tomando um dia, uma folha de papel, uma grande folha branca, escreveu ao pé da página, à guisa de assinatura, esta única palavra: Amém! E depois entregou sua existência a Deus, e sua Providência começou a escrever por sobre esse Amém preliminar, a longa e dolorosa história de uma vida humana. Os prantos alinharam-se, cada um em sua data sombria, mas o Amém já os havia aceitado, tirando-lhes o veneno da amargura. Vieram a seguir as alegrias sadias e fortes, que Deus escreveu em pergaminho, cada uma em sua hora, quais paradas de descanso numa longa viagem. E a alma dócil, em lugar de se abater ou de adormecer, regozijava-se com Deus e em Deus, depois de enunciada a palavra libertadora: Amém, antes de tudo a toda a ordem divina. Amém aos reveses imprevistos, às longas calamidades e aos insucessos enervantes de cada dia; Amém ao trem que partiu demasiado cedo ou que chegou com muito atraso; Amém à chuva e ao sol, à insônia e à fadiga, aos estivais e aos invernos glaciais; Amém aos companheiros manhosos, cheios de tiques e de manias; Amém aos parentes idosos, tornados egoístas e rabugentos sob o peso dos anos; Amém alegre, se possível, sempre leal e forte. Esse pequenino Amém afastaria de nosso caminho não poucas loucuras culpáveis; preservar-nos-ia de muitos passos em falso e impediria que nos perdêssemos no emaranhado de sonhos insensatos”.

Um comentário:

  1. Muito bonito, profundo e verdadeiro.
    Precisamos aceitar a vontade de Deus,
    não apenas reclamar dos fatos.
    Entendo que o Altíssimo não cria as situações ruins em nossa vida, elas acontecem porque Ele deu ao homem a liberdade e em função do mau uso dela é que coisas ruins acontecem.
    É claro que não devemos aceita-las simplesmente, mais fazer a nossa parte para tentar mudar, se não o mundo, mais o nosso pequeno mundo, o que nos rodeia, aquele em que podemos agir.
    José Henrique - Itajaí SC

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